A coluna inflamada pode se tornar uma condição dolorosa e até limitante; por isso, deve ter suas causas investigadas. Assim, é possível estabelecer um tratamento eficaz. A inflamação pode surgir em qualquer área da coluna vertebral, e os sintomas variam conforme a região atingida.
Por se tratar de uma estrutura fundamental para nossa locomoção, o problema não deve ser ignorado e, ao notar os primeiros sinais, é importante buscar por um médico o mais rápido possível. Isso porque o diagnóstico precoce reduz o tempo de tratamento e aumenta as chances de cura.
Neste texto, você vai descobrir quais são as doenças reumatológicas que inflamam a coluna e quando o sintoma se torna preocupante, além de aprender um pouco mais sobre o funcionamento e a composição da coluna. Vamos lá?!
Quais os sintomas característicos de uma coluna inflamada?
A coluna inflamada costuma apresentar alguns sintomas importantes para o diagnóstico. Os reumatologistas orientam que o paciente marque uma consulta diante de um ou mais dos sinais abaixo:
- Dor intensa;
- Sensação de queimação;
- Fraqueza muscular;
- Rigidez;
- Piora da dor ao realizar movimentos específicos;
- Dificuldades na realização de tarefas corriqueiras;
Os sintomas irradiam para outras partes do corpo, dependendo da área afetada. Por exemplo, quando a inflamação ocorre na lombar, o paciente pode sentir desconforto nos membros inferiores. Por outro lado, o desconforto surge nos membros superiores quando a origem do problema está na cervical.
Conhecendo melhor as estruturas da coluna vertebral
Para entender melhor se a origem do problema é na coluna e qual é a região afetada, é importante conhecer melhor essa estrutura, formada pelas seguintes partes:
- Vértebras: são pequenos ossos que se unem para formar a coluna. Ao todo, temos 33 vértebras, classificadas em lombares, torácicas e cervicais;
- Discos invertebrais: são estruturas macias, localizadas entre as vértebras, que atuam como um amortecedor, além de permitir a mobilidade da coluna. Os discos são formados por um líquido gelatinoso com um anel fibroso ao redor;
- Ligamentos e músculos: os ligamentos conectam as vértebras e ajudam a sustentá-las no lugar. Essas estruturas são muito resistentes. Já os músculos conectam-se aos ligamentos e também desempenham um papel fundamental na estabilização da coluna, gerando a força necessária para movê-la;
- Medula espinhal: é formada por um feixe de nervos, que passam em um canal no interior das vértebras, conectando o cérebro a todas as partes do corpo;
- Articulações facetárias: localizadas entre as vértebras, as articulações permitem que você flexione e rotacione a coluna.
Quais as causas da coluna inflamada?
A coluna inflamada pode ter muitas causas, mas geralmente a origem do problema está ligada a lesão por esforço repetitivo, má postura, levantamento de peso de forma inadequada e excesso de cargas.
Há uma série de condições reumáticas que podem explicar a condição. Destacamos as principais a seguir.
Artrite reumatoide
É uma enfermidade mais comum nas mãos e nos pés, mas que também pode se desenvolver na coluna cervical, causando dor, inchaço e degeneração das articulações. O problema é de origem autoimune, o que significa que o próprio sistema imunológico passa a atacar as estruturas do corpo.
Espondilite anquilosante
É um tipo de artrite comum na coluna. Ela causa dor nas articulações. Trata-se de um problema grave, que deve ser diagnosticado precocemente, pois a demora no início do tratamento faz com que o quadro continue a evoluir. Em algum momento, pode haver uma fusão de vértebras, fazendo com que o indivíduo assuma uma postura rígida e encurvada.
Espondilose
É uma osteoartrite da coluna que causa degeneração dos discos e das articulações facetárias. Assim, é possível que se forme um tipo de ponta nos ossos, gerando inflamação, dor e rigidez.
Hérnia de disco
É um problema da coluna extremamente comum, caracterizado pelo rompimento do disco fibroso entre as vértebras. Dessa forma, o líquido gelatinoso escapa para o canal vertebral e pressiona as terminações nervosas, deixando a coluna inflamada.
A condição gera muita dor, mas felizmente é possível realocar o disco em seu local original, seja por meio de tratamentos clínicos ou cirúrgicos.
Espondilolistese
É um tipo de desalinhamento entre as vértebras, que ocorre quando uma desliza para frente em relação à outra. Isso gera compressão nervosa e tensão muscular.
Infecções deixam a coluna inflamada
Os microrganismos podem atingir a coluna e provocar infecções que deixam a coluna inflamada. Além de dor, o paciente pode se queixar de sintomas típicos de infecções, como febre. O tratamento varia conforme o agente causador do problema.
Estenose espinhal
Essa doença é caracterizada por um estreitamento em algum ponto do canal vertebral. Isso faz com que as terminações nervosas passem a ser pressionadas, gerando dores nas costas que podem se agravar conforme o movimento executado.
Doença de Paget
Essa condição faz com que os ossos da coluna cresçam de forma anormal, causando desalinhamentos, deformidades, inflamações e artrites.
Quando uma dor na coluna passa a ser preocupante?
A dor na coluna é um sintoma do qual a maioria das pessoas vai se queixar em algum momento da vida. Muitas vezes, o problema desaparece rapidamente, sem gerar maiores transtornos. Mas existem algumas situações em que o sintoma se torna preocupante, como:
- A dor é extremamente aguda e apareceu de repente, sem uma causa conhecida;
- O paciente começa a se queixar de formigamento, fraqueza e dificuldades para mover os membros;
- A dor piora à noite e impede um sono de qualidade;
- A dor já persiste por vários dias e não melhora com o uso de analgésicos;
- Há alterações no ciclo urinário e intestinal;
- O paciente apresenta febre e perda de peso.
Tratamentos para coluna inflamada
A coluna inflamada pode ser tratada de várias formas, conforme o tipo de problema e sua gravidade. Geralmente, os tratamentos começam de maneira conservadora, com o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, aplicação de compressas quentes e frias e repouso. Além disso, sessões de fisioterapia são fundamentais para devolver mobilidade à região e fortalecer a musculatura, ajudando a proteger a área contra problemas futuros.
Por fim, casos muito graves e que não melhoram com os tratamentos clínicos podem receber indicações cirúrgicas. É o caso, por exemplo, de hérnias de disco severas.