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Doenças crônicas degenerativas: quais as principais e como cuidar

Esqueleto humano - Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

As doenças crônicas degenerativas são desafiadoras e afetam milhões de pessoas, contribuindo para uma carga substancial de morbidade e mortalidade. Essas condições, caracterizadas pela progressão lenta e contínua de danos aos tecidos do corpo ao longo do tempo, abrangem uma variedade de enfermidades, desde distúrbios musculoesqueléticos, como a osteoartrite, até doenças neurológicas complexas, como o Alzheimer.

Neste texto, examinaremos diversos aspectos dessas patologias, incluindo suas principais características, possibilidades de prevenção e como buscar tratamento. Vamos lá?

Quais as causas das doenças crônicas degenerativas?

As doenças crônicas degenerativas têm causas multifatoriais, sendo influenciadas por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. No caso da genética, doenças como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, certos tipos de câncer e doenças neurodegenerativas podem gerar predisposição.

Além disso, hábitos de vida pouco saudáveis, como má alimentação, falta de exercício físico, tabagismo, consumo excessivo de álcool e estresse também estão fortemente associados ao desenvolvimento de doenças crônicas, pois contribuem para a obesidade, resistência à insulina, hipertensão arterial e colesterol alto.

A exposição a poluentes ambientais, produtos químicos tóxicos, radiação e outros agentes nocivos segue a mesma direção. Por fim, não podemos nos esquecer do fator envelhecimento, já que muitas enfermidades degenerativas têm sua incidência aumentada devido a mudanças no corpo ao longo do tempo, incluindo diminuição da função dos órgãos, inflamação nos vasos sanguíneos e acúmulo de danos celulares.

O que é considerado doença degenerativa?

Uma doença degenerativa é uma condição médica progressiva que afeta a estrutura ou função dos tecidos, órgãos ou sistemas do corpo. Ela resulta na deterioração gradual das células, tecidos ou órgãos afetados, ocasionando sintomas persistentes e, em muitos casos, incapacidade.

Na doença de Alzheimer, por exemplo, ocorre a degeneração progressiva das células cerebrais, enquanto na osteoartrite acontece a deterioração progressiva da cartilagem nas articulações.

À medida que a doença degenerativa avança, os sintomas se tornam debilitantes, interferindo na capacidade da pessoa de realizar atividades cotidianas e reduzindo sua qualidade de vida. Em estágios avançados, algumas doenças degenerativas podem levar à incapacidade total.

Dessa forma, o tratamento se concentra no controle dos sintomas, na desaceleração da progressão da doença e na melhoria da qualidade de vida. 

No entanto, nem todas as doenças crônicas (condição médica de longa duração) são degenerativas, e nem todas as doenças degenerativas afetam da mesma forma todos os indivíduos. Assim, os sintomas e a progressão da doença variam de pessoa para pessoa.

Especialista explicando sobre doenças crônicas degenerativas - Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

Quais os tipos de lesões degenerativas?

As lesões degenerativas são caracterizadas pela progressão lenta e contínua de danos aos tecidos, como ossos, cartilagens, músculos, tendões ou ligamentos. As mais comuns são a osteoartrite, a osteoporose e a esclerose múltipla. Saiba mais sobre elas a seguir!

Osteoartrite é uma das doenças crônicas degenerativas mais comuns

Considerada uma das doenças crônicas degenerativas mais comuns, a osteoartrite é uma condição na qual a cartilagem protetora que cobre as extremidades dos ossos nas articulações começa a se desgastar e se deteriorar. Esse desgaste da cartilagem pode levar a sintomas como dor nas juntas, rigidez, inchaço e diminuição da amplitude de movimento. 

Com o tempo, a osteoartrite causa danos mais graves às articulações, levando à deformidade e incapacidade. Além disso, os fatores de risco para desenvolver osteoartrite incluem idade avançada, histórico familiar da doença, lesões articulares prévias, obesidade e atividades que colocam pressão excessiva sobre as articulações.

Osteoporose

A osteoporose é uma condição na qual os ossos se tornam frágeis e propensos a fraturas, devido à perda de densidade e à deterioração. Isso ocorre quando o processo de formação óssea não consegue acompanhar a taxa de perda óssea. 

A osteoporose é referida como “doença silenciosa”, pois geralmente não causa sintomas até que ocorra uma fratura devido a um impacto leve, que, em condições normais, não causaria grandes danos.

Os fatores de risco para osteoporose incluem idade avançada, sexo feminino, baixa ingestão de cálcio, falta de exercício, tabagismo, consumo excessivo de álcool e certas condições médicas e medicamentos.

Esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune na qual o sistema imunológico ataca erroneamente a mielina, substância que envolve e protege os nervos no cérebro e na medula espinhal. 

Esse dano à mielina interrompe a transmissão de sinais nervosos, resultando em uma variedade de sintomas neurológicos, que podem incluir fadiga, fraqueza muscular, dificuldades de equilíbrio e coordenação, problemas de visão, formigamento ou dormência e problemas cognitivos. 

A EM é uma condição crônica e progressiva, e os sintomas podem variar amplamente entre os indivíduos. Infelizmente, a causa exata da EM não é conhecida, mas especula-se que ela envolva uma combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos.

É possível prevenir as doenças crônicas degenerativas?

Sim, é possível reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas degenerativas  ou ao menos retardar o seu aparecimento com alterações no estilo de vida:

  • Alimentar-se de forma saudável: alimentação rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis;
  • Praticar exercícios regularmente: a atividade física é fundamental para a saúde geral e pode ajudar a prevenir uma variedade de doenças crônicas, incluindo doenças cardíacas, diabetes, osteoporose e obesidade;
  • Manter um peso saudável: o excesso de peso e a obesidade estão associados a um maior risco de desenvolver várias doenças crônicas, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardíacas e câncer; 
  • Evitar o tabagismo: o tabagismo é um importante fator de risco para uma variedade de doenças crônicas, incluindo doenças cardíacas, doenças respiratórias, câncer e acidente vascular cerebral;
  • Fazer exames de rotina e consultar seus médicos regularmente: essa atitude ajuda a identificar precocemente problemas de saúde e intervir antes que eles se agravem;
  • Limitar o consumo de álcool: o consumo excessivo de álcool está associado a uma série de doenças crônicas, incluindo doenças hepáticas, doenças cardíacas, câncer e distúrbios mentais.

Qual especialista procurar para iniciar o tratamento de doenças crônicas degenerativas?

Para iniciar o tratamento de doenças crônicas degenerativas, você pode, primeiramente, consultar um clínico geral ou médico de família, que auxiliará no diagnóstico inicial e fará o encaminhamento a especialistas, conforme necessário. 

reumatologista, por exemplo, é o profissional indicado para tratar condições como a osteoporose e a osteoartrite. Em muitos casos, o paciente será beneficiado pelo acompanhamento de uma equipe com profissionais de diversas áreas.

Assim, quando o assunto é doenças crônicas degenerativas, é essencial um plano de tratamento abrangente e personalizado, que aborde suas necessidades específicas e ajude a gerenciar sua condição de forma eficaz. 

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O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.

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