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Tratamento para Artrose

Tratamento para artrose (osteoartrite) com o Dr. Marcelo Corrêa. Veja sintomas, possíveis causas e formas de tratamento para a doença.

Joelho com Artrose Dr. Marcelo Corrêa reumatologista

A artrose, ou osteoartrite como é conhecida pelos reumatologistas, é um tipo de inflamação crônica que atinge as articulações e tecidos moles diretamente ao seu redor. A inflamação atinge também nervos e tendões, um dos principais motivos da dor aguda que os pacientes sentem.

Ela é um tipo de artrite com características únicas e a mais comum em adultos acima dos 18 anos. As mulheres acima de 60 são especialmente afetadas pelo problema. Para entender por que isso acontece precisamos compreender também o funcionamento das articulações sinoviais do corpo.

Cada articulação é um sistema complexo de movimento coberto por cartilagens que ajudam a diminuir o impacto. Com o tempo essa cartilagem torna-se ressecada e perde sua elasticidade, começando a sofrer lesões. Isso deixa os ossos em contato uns com os outros, causando atrito e, consequentemente, inflamação.

A doença inflamatória é crônica, ou seja, pacientes diagnosticados precisarão conviver com ela por toda a vida. No entanto, é possível tratá-la e controlá-la com o acompanhamento médico adequado. Continue lendo para entender mais sobre o problema.

O que causa a artrose

Para entender a artrose é preciso saber que as articulações são recobertas por uma camada espessa de cartilagem, irrigada por líquido sinovial. Assim, as estruturas ósseas conseguem deslizar com maior facilidade. Por isso, os movimentos que exercemos no dia a dia não prejudicam a articulação, mesmo que ela sofra pressão a todo momento.

Essa patologia é conhecida como uma doença que afeta a terceira idade, apesar de também poder afetar adultos abaixo dos 60 anos. A doença ocorre por causa de qualquer fator que cause desgaste articular. A idade realmente é um dos principais deles, já que a cartilagem protetora tende a ficar desgastada com o tempo.

Pacientes também podem desenvolver a patologia por causa de traumas ou de uso excessivo de uma articulação. Isso acontece, por exemplo, com atletas que treinam certas partes do corpo exageradamente.

Fatores de risco para desenvolver artrose

Existem diversos fatores de risco ligados ao surgimento da artrose ou osteoartrite. A idade certamente é mais relevante, quanto mais velho o indivíduo, maiores as chances de desenvolver a inflamação.

Estudos também indicam que o histórico familiar influencia bastante. Caso seus pais ou familiares tenham a doença as chances de desenvolver o problema são altas. Quando o histórico está combinado a outros dos fatores de risco que mencionaremos a seguir, as chances são ainda mais altas.

Lesões anteriores também prejudicam o corpo. Alguns atletas, por exemplo, sofrem lesões durante a prática de esportes, recuperando-se parcialmente e nunca mais se lembram delas. Mas conforme os anos passam e a articulação fica mais frágil a lesão pode levar ao surgimento de um quadro da doença.

Por último, também existe a influência do peso. As articulações foram feitas para aguentar muito, mas cada quilo extra aumenta ainda mais a pressão. Indivíduos obesos sofrem com desgaste prematuro da cartilagem e de estruturas articulares.

Algumas partes do corpo sofrem especialmente com o excesso de peso, como quadris e joelhos. Perda de peso é parte importante do tratamento e trabalho preventivo contra a artrose.

Artrose vs. artrite

O nome “oficial” da artrose, osteoartrite, causa muita confusão no público leigo. Será que ela seria a mesma coisa que artrite? Não exatamente, já explicaremos o motivo. O termo artrite é um termo generalizado que caracteriza diversos tipos de doenças inflamatórias.

Ela é considerada como um termo “guarda-chuva” que pode incluir muitas doenças. Um exemplo é a artrite reumatoide que, apesar de ter um nome similar, tem pouco em comum com a osteoartrite.

Já a artrose é uma doença específica. Ela pode ser considerada como parte do grande grupo da artrite por causar inflamação articular e dor aguda no paciente afetado. Mesmo assim, é importante saber não confundir as duas, já que isso influencia bastante no tratamento.

Articulações mais afetadas pela artrose

Agora que entendemos mais sobre a artrose e como ela se forma falta responder uma pergunta: quais partes do corpo podem ser afetadas? As articulações mais comumente afetadas são aquelas que suportam o peso do corpo, como joelhos, tornozelo e coluna lombar. Confira abaixo as que mais são afetadas e algumas características da doença.

1. Articulação acromioclavicular

A articulação acromioclavicular fica localizada no ombro, é ela que conecta a clavícula e a escápula. A artrose nessa região é bastante comum em pessoas que realizam movimentos repetitivos, seja por práticas esportivas ou laborais. Praticantes de weightlifting ou tênis sofrem bastante com o problema. O mesmo é válido para pedreiros e outros profissionais.

Pacientes com osteoartrite nessa articulação possuem maior tendência a desenvolver esporões ósseos. Eles são uma estrutura de osso que cresce de forma anômala por causa do excesso de estresse. Os esporões aumentam o desgaste e geram pressão sobre estruturas nervosas, causando dor referida.

Os sintomas mais comuns do problema na articulação acromioclavicular incluem:
● Estalos na região afetada;
● Perda de flexibilidade e mobilidade no ombro;
● Dor e inchaço, indicativos de inflamação.

2. Joelho

É um dos tipos mais comuns da doença. O joelho suporta todo o peso do organismo durante os movimentos de pé. Desde uma simples caminhada até movimentos esportivos ou levantamento de peso, tudo exige o suporte dessa articulação.

Boa parte dos casos de osteoartrite ocorrem por causa do desgaste natural da articulação. Quem passa muito tempo em pé, como trabalhadores postais e atendentes, estão no grupo de risco para esse tipo de patologia.

Os atletas também sofrem bastante com o problema mais tarde na vida. Por isso, é importante consultar um ortopedista e fisioterapeuta esportivo para realizar um trabalho preventivo, especialmente no caso de atletas competitivos.

3. Coluna lombar

Existem muitos motivos para a dor na coluna lombar e um deles é a artrose. A região baixa da coluna é responsável por absorver o peso do corpo e dos movimentos e distribuí-los. Assim, os discos intervertebrais e cartilagem que protegem as vértebras sofrem maior desgaste.

Um dos maiores fatores de risco nessa região é o excesso de peso na região abdominal, comum em pacientes obesos. Problemas e desvios posturais também influenciam no problema, já que aumentam o desgaste das articulações.

O sintoma mais comum de artrose lombar é a dor aguda, que pode ser aliviada quando a pessoa deita ou permanece em repouso. Algumas pessoas também apresentam dificuldade para abaixar, por perderem flexibilidade na coluna.

4. Articulações facetárias

As articulações facetárias são pequenas estruturas ósseas que ficam entre as vértebras. Mesmo sendo pequenas, elas são causa frequente de dores nas costas e podem sofrer com artrose também.

O envelhecimento natural do corpo costuma ser o causador mais frequente do problema. Quando combinado com má postura ou desvios da coluna, como escoliose e outros, as chances são ainda maiores. Seu principal sintoma é o paciente ter dor na coluna, como dor na lombar e dor no meio das costas, por exemplo.

5. Coluna cervical

As ocorrências da doença na região cervical são mais raras, mas não menos dolorosas. O pescoço sofre bastante com o envelhecimento, especialmente em pessoas com problemas posturais.

Quando a doença se desenvolve na região os sintomas são bastante variados, podendo incluir:
● Dores de cabeça;
● Dor e rigidez no pescoço;
● Falta de mobilidade da cabeça;
● Espasmos musculares na região;
● Perda de mobilidade na cintura escapular (ombros e coluna torácica).

6. Quadril

O problema no quadril é tão comum que até possui um nome próprio: coxoartrose ou artrose femoral. Essa articulação é uma das grandes regiões estabilizadoras do corpo. Sempre que nos movimentamos a força é direcionada dos membros inferiores e distribuída aos superiores sem causar grandes atritos por causa do funcionamento do quadril.

Isso significa que sua estrutura recebe pressão e força de movimento quase o tempo inteiro. Com o tempo, a cartilagem começa a perder densidade e os ossos entram em contato. Aí surge a coxoartrose.

A doença é especialmente comum na terceira idade, mas quem usa a articulação em excesso pode ter a doença precocemente. O principal sintoma é a dor aguda no quadril, especialmente na posição em pé.

Principais tratamentos para artrose

Os tratamentos para artrose variam bastante de acordo com o local atingido, estado da articulação e estado geral de saúde do paciente. Após o diagnóstico, o reumatologista deve determinar qual é o melhor caminho a seguir, podendo optar por tratamentos conservadores ou, em casos mais graves, cirúrgicos.

Tratamento conservador para artrose

O tratamento conservador para artrose tem como objetivo aliviar a dor do paciente, recuperar sua mobilidade e função articular. Além disso, o médico deve trabalhar em conjunto com uma equipe multidisciplinar para impedir ou desacelerar o avanço da doença.

Inicialmente, o paciente precisará tomar medicamentos anti-inflamatórios para controlar os sintomas, como dor e inchaço. Algumas vezes pode ser necessário usar infiltrações para conseguir resultados satisfatórios e permitir o retorno dos movimentos.

Em casos de dor aguda que não apresenta alívio com anti-inflamatórios, é possível prescrever analgésicos opióides. Tais remédios só podem ser usados com prescrição médica e pelo período exato recomendado, para evitar complicações.

O reumatologista também pode sugerir o uso de suplementos alimentares que têm como objetivo proporcionar uma quantidade adequada de colágeno para que o organismo recupere a cartilagem perdida. Os suplementos devem ser usados em conjunto com exercícios, como fisioterapia, para fortalecer e mobilizar as articulações afetadas.

Tratamento cirúrgico para artrose

Existem diversas opções de cirurgia para tratamento de artrose, incluindo técnicas abertas e minimamente invasivas. A opção escolhida depende de alguns fatores, como:
● Faixa etária do operado;
● Quantidade de danos sofridos pela articulação;
● Comorbidades relacionadas à doença.

Em alguns casos é até possível substituir a articulação afetada por uma prótese. Esse tipo de cirurgia é especialmente comum no joelho, indicada em estágios finais, quando os danos ósseos já não podem ser reparados por outras técnicas.

Tratamentos reumatológicos

O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.

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