Problemas na coluna são tão comuns que podemos ter uma certeza na vida: todos nós sentiremos algum tipo de dor nesta região algum dia. Mas não é por serem corriqueiros que esses problemas são simples, pelo contrário!
Uma dor nas costas pode ter diversas causas, desde um pequeno estiramento muscular com resolução espontânea até uma doença degenerativa que precisa de tratamento adequado. Por isso, é importante ficar atento às características da dor e seus sintomas associados.
Então, quando devo procurar um reumatologista perto de mim? Separamos algumas das principais causas de problemas na coluna para saber a hora em que se deve buscar um. Continue lendo para entender tudo!
Conheça os problemas na coluna mais comuns
Quase todos sofrem com problemas na coluna! De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as dores na coluna são a segunda maior causa de busca por um médico. Só perdem para dores de cabeça! O motivo para essa prevalência é simples: existem diversos fatores que podem causar o desconforto:
1. Hérnia de disco
A coluna possui discos de cartilagem com um líquido gelatinoso no centro que ajudam a amortecer o impacto dos movimentos. Em alguns casos, uma lesão, movimento repetitivo ou o processo de envelhecimento permite que o núcleo do disco extravase, causando compressão de estruturas nervosas ao redor.
É o que chamamos de hérnia de disco: quando essa estrutura gelatinosa começa a pressionar nervos e causar dor. A maior parte dos casos ocorre na região da coluna lombar, que está mais exposta à pressão. Mas também pode ocorrer na região cervical, especialmente após um impacto.
A retirada da parte extrusa do disco é cirúrgica. Alguns pacientes assintomáticos podem optar por tratamento conservador que ajuda a evitar a dor e progressão do quadro. Mas o disco deformado não retorna a sua posição original sem intervenção cirúrgica.
2. Problemas na coluna por artrite reumatoide
A artrite reumatoide é uma doença autoimune que também causa problemas na coluna. Pacientes afetados pela doença sofrem quando o próprio sistema autoimune ataca as células das articulações, causando sintomas, como:
- Inchaço;
- Vermelhidão;
- Edema;
- Dor articular;
- Perda de mobilidade.
As articulações mais afetadas pela doença costumam ser mãos, pés, tornozelos, quadril e outros locais que suportam o peso do corpo. A coluna cervical, a região do pescoço, também é bastante afetada, podendo causar dores e dificuldades de mover a cabeça.
A artrite reumatoide é uma doença de desenvolvimento rápido. Em pouco tempo, as dores tornam-se bastante incapacitantes e fazem com que o paciente perca sua independência. Por isso, o acompanhamento com reumatologista e tratamento são essenciais para preservar os movimentos e evitar maiores danos.
Em casos mais graves, o paciente pode precisar de cirurgia para recuperar o local afetado.
3. Má postura que causa problemas na coluna
Essa é outra causa comum de problemas na coluna. Os hábitos modernos favorecem posições incorretas durante o trabalho e atividades de lazer, especialmente para quem passa boa parte do dia sentado. Assim, os músculos estabilizadores da coluna ficam enfraquecidos e as chances de desenvolver um desvio postural aumentam.
Com o tempo, o paciente passa a sentir dores que podem se tornar crônicas. Entre os desvios comuns que ocorrem por causa da má postura estão:
- Hipercifose torácica;
- Retificação da coluna;
- Hiperlordose lombar.
Quando percebido ainda no início, o problema postural pode ser tratado com anti-inflamatórios e analgésicos para a dor em conjunto com fisioterapia. Mas o acompanhamento médico adequado continua sendo essencial.
4. Osteoporose
Apesar de ser assintomática na maior parte dos pacientes, a osteoporose gera micro-fraturas na coluna. Isso ocorre porque a doença diminui a densidade do osso, deixando-o mais frágil, a ponto de qualquer movimento de impacto gerar uma pequena lesão.
Conforme as microfraturas se acumulam, o paciente passa a sentir dores nas costas e ter problemas na coluna com maior frequência. Muitos idosos afetados pela condição não recebem o diagnóstico antes do início da dor. Dessa forma, tentam tratar-se em casa com medicamentos comuns. Com o tempo, as fraturas geram deformidades irreversíveis.
Existem dois tipos de dores causados pela osteoporose: a primeira é aguda, que surge quando a coluna sofre uma fratura. Já o segundo tipo é o crônico e ocorre ao longo do tempo por causa do excesso de estresse sobre as estruturas estabilizadoras, como ligamentos e tendões.
5. Escoliose
É um tipo de desvio postural comum em crianças, adolescentes e adultos que deixa a coluna com uma curvatura em S. Vale a pena lembrar que somente uma pequena quantidade de quadros escolióticos causam dor na coluna, em especial os com curvaturas mais acentuadas.
A curvatura alterada também influencia em todos os músculos, ligamentos e tendões, gerando maior tendência à tensão. É isso que causa a dor que pode ser crônica ou aguda. Quadros leves podem receber tratamento conservador, mas curvaturas exageradas precisam de cirurgia corretiva.
6. Osteoartrose
A osteoartrose causa o desgaste da cartilagem que recobre articulações por causa do processo de envelhecimento. Um dos locais que pode ser atingido é a coluna, que chega a ficar dolorida e com perda de mobilidade.
O sintoma principal, dor crônica no local, manifesta-se nos movimentos de extensão de coluna. Além disso, o paciente pode apresentar rigidez matinal e perda de alguns movimentos, como dificuldades para abaixar. Esses sintomas melhoram ao longo do dia, enquanto a dor só consegue alívio com repouso.
7. Problemas na coluna por estresse
Estresse e problemas na coluna possuem uma relação mais íntima do que muitos imaginam! O mal do século, especialmente se aliado à ansiedade, é capaz de afetar diversos sistemas do organismo, inclusive articulações. Pessoas estressadas possuem maior tendência a manter a musculatura da coluna tensionada e desenvolver desvios posturais.
A coluna cervical sofre especialmente, já que a tensão nos ombros também a afeta. Dessa maneira, pacientes desenvolvem dor inespecífica no local e podem demorar muito tempo até perceberem as raízes psicológicas do problema.
8. Espondilite anquilosante
A espondilite anquilosante causa inflamação de grandes articulações no corpo, como quadril, ombros, joelhos e coluna. As dores articulares podem vir acompanhadas de sintomas inespecíficos, como cansaço, perda de apetite, perda de peso e anemia.
O problema é crônico, portanto as dores devem durar pelo menos três meses para que exista o diagnóstico. Além disso, a dor lombar irradia para os membros inferiores, já que outra articulação próxima da coluna também é afetada: a sacroilíaca.
9. Espondilose cervical é um dos problemas na coluna relacionado ao desgaste
A espondilose cervical é um dos problemas na coluna caracterizado pelo desgaste natural das vértebras do pescoço e dos discos vertebrais. Ela é classificada como um tipo de artrose e seu surgimento é inevitável com o avançar da idade. Entretanto, assim como ocorre com outras condições reumáticas, o problema pode aparecer mais cedo e apresentar maior gravidade devido a alguns comportamentos.
Diante do desgaste, o próprio corpo tenta solucionar o problema e ocupar o espaço deixado. Por isso, surgem os populares bicos de papagaio, que acabam por piorar o quadro, já que geram uma maior pressão nas raízes nervosas, aumentando a dor.
O desconforto e a dor na região do pescoço são os primeiros sintomas, mas também pode haver formigamento nos braços, dor de cabeça e até perda de força nos membros superiores.
Além do envelhecimento, outros fatores contribuintes para a espondilose cervical são a má postura por tempo prolongado e o trabalho em atividades que sobrecarregam a região lombar. Para realizar o diagnóstico, os médicos solicitam exames de imagem que permitem visualizar em detalhes as estruturas dessa região da coluna.
10. Síndrome facetária
A síndrome facetária é caracterizada por um quadro de inflamação das facetas, estruturas localizadas na parte posterior das vértebras que têm um importante papel na estabilização da coluna e em sua flexibilidade, além de evitarem rotações exageradas e suportarem uma parcela do peso da coluna.
Quando as facetas ficam inflamadas, o paciente geralmente se queixa de dor lombar ou cervical, sensação de rigidez pela manhã, desconforto ao deitar de bruços, dificuldades para correr, fraqueza nas costas e dor que piora ao alongar-se para trás.
O problema surge devido a desgastes nas estruturas, aumento da flacidez e traumas. Algumas dicas para evitar a condição são: manter uma postura correta, fazer alongamentos regulares, evitar permanecer na mesma postura por muito tempo e controlar o peso.
11. Problemas na coluna: radiculopatia
É um dos problemas na coluna que pode ocorrer em várias partes dela, e sua principal característica é a compressão de terminações nervosas que saem da medula espinhal devido a alterações nas vértebras e discos. Essa compressão gera dores e outros sintomas, como formigamento nos membros, dormência e, em casos mais graves, incontinência urinária.
Diversas condições podem resultar em radiculopatia, como hérnia de disco, tumores e escoliose. Além disso, é preciso ter atenção com alguns fatores de risco. Os principais são: obesidade, movimentos repetitivos e falta de fortalecimento dos músculos das costas e do abdômen.
12. Estenose foraminal
Na coluna vertebral, existem estruturas chamadas de forames, por onde passam as raízes dos nervos espinhais. Porém, existem situações em que as aberturas dos forames se tornam muito estreitas, o que acaba pressionando os nervos e resultando em uma enfermidade conhecida como estenose foraminal.
Seu principal sintoma é a dor nas costas, com possível irradiação para os membros. Por exemplo, quando a origem da dor está na cervical, ela pode se estender para os ombros e braços. Já quando está na lombar, ela se espalha para as pernas. Os pacientes também se queixam de queimação, formigamento e agravamento progressivo da dor.
A condição pode ter várias causas, geralmente associadas a alguma situação que causa degeneração das estruturas da coluna, como artrite e hérnia de disco.
Os reumatologistas realizam o diagnóstico da estenose foraminal com a ajuda de um exame físico e análise do histórico médico do paciente. Para melhor avaliação das estruturas da coluna, é possível que o especialista solicite exames de imagem, como raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
13. Disfunção sacroilíaca é um dos problemas na coluna que causa dor
Um dos problemas na coluna que pode provocar dor nas costas é a disfunção sacroilíaca. O problema surge quando há um tipo de desalinhamento da articulação sacroilíaca, que está localizada entre a coluna e o quadril.
Essa articulação não tem grande mobilidade, mas, ao ser submetida a grandes cargas de trabalho, pode sair da posição original, gerando dor na região lombar que irradia até a virilha e o joelho. O sintoma surge em um ou em ambos os lados das costas. Além disso, outra queixa recorrente dos pacientes é o desconforto ao deitar.
Esse problema ocorre com maior frequência em mulheres entre 30 e 40 anos e que já passaram por um parto. Acredita-se que, ao dar à luz, os ligamentos sacroilíacos não se recuperam totalmente do relaxamento, tornando-se mais suscetíveis a pequenas lesões.
Os homens também sofrem dessa condição, mas geralmente ela surge após uma lesão mais grave que leva a uma torção no tronco.
O diagnóstico da disfunção sacroilíaca nem sempre é simples. O médico irá usar principalmente o exame físico, no qual irá mover o conjunto da articulação e verificar se o paciente sente dor. Também é preciso descartar outros problemas que podem causar dor na mesma região, como uma hérnia de disco.
Outra forma de diagnóstico é a aplicação de um anestésico diretamente na articulação sacroilíaca e então, se a dor passar, significa que essa é a raiz do problema.
14. Bico de papagaio é um dos problemas na coluna mais comuns
Entre os problemas na coluna mais comuns, temos a osteofitose, que ganhou o nome popular “bico de papagaio”. Essa nomenclatura deve-se ao formato que a lesão apresenta nos exames de imagem, pois a deformidade óssea lembra o bico da ave citada.
Em suma, o bico de papagaio é um tipo de alongamento dos ossos da coluna, formado após o depósito de cálcio na região. Ele pode se originar em qualquer parte da coluna, geralmente atingindo uma ou duas vértebras, mas há pacientes nos quais a enfermidade atinge uma área mais ampla.
No início, o problema é assintomático, mas sua progressão lenta ao longo dos anos faz com que alguns sintomas apareçam, como:
- Dor nas costas, podendo irradiar para as pernas;
- Queimação na área afetada;
- Dificuldades para movimentar a coluna;
- Pernas e pés dormentes ou com redução da sensibilidade;
- Cãibras;
- Diminuição da força muscular.
A doença tem diversas causas, sendo que a principal é o envelhecimento, o que provoca um desgaste natural das estruturas da coluna. No entanto, existe uma série de fatores de risco que merecem atenção, como sobrepeso, obesidade, sedentarismo, doenças degenerativas, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e espondilite anquilosante, além de alterações na coluna provocadas por hérnia de disco, artrose e má postura a longo prazo.
O diagnóstico de bico de papagaio é feito por meio de um exame de raio-x, que mostra claramente as “pontinhas” nos ossos. Muitas vezes, o problema é diagnosticado acidentalmente, quando o paciente ainda não tem qualquer sintoma e realiza um raio-x para investigar outro problema.
Felizmente, a condição tem tratamento, o qual é feito com o uso de medicamentos para aliviar a dor, fisioterapia e exercícios físicos sob a orientação de um profissional. Por fim, em casos muito graves, pode ser feita uma cirurgia para remover os osteófitos.
15. Problemas na coluna relacionados à curvatura: hipercifose
A cifose é a curvatura natural na região torácica. Entretanto, quando essa curvatura se torna muito acentuada, temos um caso de hipercifose, que é um dos problemas na coluna mais comuns desse tipo. A condição pode ser percebida visualmente ao observar uma pessoa de perfil, pois ela terá uma postura encurvada, com os ombros e cabeça se projetando para frente, enquanto uma corcunda se forma.
A condição é assintomática em muitos casos, mas alguns pacientes podem se queixar de dor na coluna cervical, além de problemas de autoestima que levam a quadros de depressão e ansiedade.
A hipercifose surge principalmente na adolescência, pois é quando as estruturas do corpo estão em pleno desenvolvimento, favorecendo o crescimento dos ossos da coluna com uma postura encurvada. Além disso, esse grupo tende a manter a coluna em uma posição inadequada devido a alguns desafios típicos da idade: os meninos tentam disfarçar o crescimento repentino, enquanto as meninas se curvam para disfarçar o aparecimento das mamas.
Por outro lado, os idosos também são bastante acometidos pelo problema, nesse caso devido ao envelhecimento e desgaste natural da coluna. Entretanto, a condição também pode ser congênita ou surgir por outras situações, como osteoporose, tumores na coluna, traumas e infecções.
Os reumatologistas conseguem diagnosticar a hipercifose em um exame físico, mas é possível usar exames de imagem para observar melhor o grau da curvatura e procurar lesões.
Opções de tratamento
Felizmente, há muitas opções de tratamento a serem usadas conforme o caso. Geralmente, são receitados anti-inflamatórios e analgésicos para os pacientes que sentem dor. Mas o principal é a realização de sessões de fisioterapia e exercícios de correção postural, que ajudam a reduzir a curvatura gradualmente. O uso de coletes também é recomendado para alguns pacientes.
Por fim, se nenhuma dessas opções de tratamento surtir efeito, é possível corrigir a curvatura da coluna cirurgicamente, sobretudo se o problema continuar a evoluir e provocar dificuldades respiratórias.
16. Problemas na coluna relacionados à curvatura: hiperlordose
A hiperlordose é outro dos problemas na coluna relacionados a um desvio excessivo (dessa vez, na região lombar). Isso faz com que a barriga se projete para frente enquanto as nádegas são projetadas para trás. O problema é melhor observado quando o paciente está de perfil.
A condição pode não apresentar sintomas no início, mas eles tendem a surgir à medida que a condição se agrava. Além das alterações físicas perceptíveis, o paciente pode se queixar de dor lombar, redução da mobilidade, fadiga muscular e dificuldades para encostar a coluna no chão quando deitado.
As causas da hiperlordose são variadas e devem ser investigadas. As principais são: má postura, hérnia de disco, sedentarismo, obesidade, gravidez, lesões na região lombar e distrofia muscular.
Durante uma consulta com o reumatologista, o profissional pode identificar a condição por meio de um exame físico e pela descrição dos sintomas. Além disso, ele pode solicitar alguns exames de imagem, fundamentais para observar a gravidade do problema.
Ademais, importante destacar que o tratamento da hiperlordose varia conforme suas causas. A abordagem principal é a fisioterapia, em que o paciente realiza diversos exercícios para alongar a coluna e corrigir a postura. Atividades como natação e pilates também ajudam no processo. Caso o paciente esteja sentindo dor, o médico irá receitar medicamentos.
Por fim, quando o paciente não reage bem ao tratamento convencional e o problema se torna ainda mais grave, é recomendada a cirurgia. Atualmente, as técnicas e equipamentos disponíveis tornaram as intervenções na coluna mais seguras e de recuperação mais rápida.
17. Problemas na coluna relacionados ao envelhecimento: desidratação discal
A desidratação discal é um dos problemas na coluna, em que os discos intervertebrais, que funcionam como amortecedores entre as vértebras, perdem líquido em seu centro pulposo, deixando a estrutura menos elástica e mais suscetível a fissuras em sua parte externa.
O envelhecimento é o principal fator para o problema, já que os discos se desgastam naturalmente pelo uso ao longo da vida. Entretanto, há fatores que podem acelerar esse desgaste e fazer com que o problema surja mais cedo do que o esperado, como a realização de atividades que aumentam a sobrecarga na coluna e o sobrepeso.
Geralmente, o paciente não nota qualquer sintoma, a não ser quando o problema já está em um estágio mais avançado. Nessa fase, pode haver dor, redução da mobilidade da coluna e instabilidade entre as vértebras.
Se o quadro continuar a evoluir, ele pode contribuir para o desenvolvimento de outros problemas na coluna, como bico de papagaio e osteoartrose.
Assim, seu diagnóstico ocorre por uma combinação de fatores, incluindo exame clínico, análise do histórico médico e exames de imagem, como raio-x e ressonância magnética. Muitas vezes, ele acontece de forma acidental, durante a investigação de outras condições, já que, como vimos, a desidratação discal não costuma apresenta sintomas.
Tratamento
Já o tratamento depende da fase em que o problema se encontra. Se houver dor, o médico irá receitar analgésicos e anti-inflamatórios. Além disso, a prática de exercícios físicos é fundamental para fortalecer a musculatura da região e fazer com que a coluna ganhe mais estabilidade.
Também há a opção de realizar infiltrações na coluna para casos em que o tratamento mais conservador seja ineficaz. Assim, a coluna melhora a sua mobilidade pouco a pouco.
Geralmente, a cirurgia não é recomendada nesses casos, a não ser que o problema evolua para uma hérnia de disco com complicações neurológicas, por exemplo.
18. Tumor é um dos problemas na coluna mais graves
Os tumores são um dos problemas na coluna mais graves. Eles ocorrem quando células defeituosas se proliferam de forma desorganizada na região. Nesse processo, elas formam um tipo de massa, que comprime as estruturas e pode atingir ossos, nervos e medula.
Quando um tumor se forma diretamente na coluna, é chamado de primário, sendo um tipo mais raro. Já os secundários são mais comuns e surgem quando células malignas de câncer de outras áreas do corpo viajam até a coluna.
Outro ponto importante na classificação de tumores é que eles podem ser malignos e benignos. O primeiro tipo exige uma maior preocupação, pois tem um crescimento acelerado e destrói as estruturas da coluna. Já os benignos são de crescimento lento, não se espalham pelo organismo e suas células são muito similares àquelas que lhes deram origem.
Os tumores benignos podem causar algum sintoma a longo prazo e seu manejo depende de sua evolução. No entanto, é importante salientar que, na maioria das vezes, eles não evoluem para um câncer.
Já o tumor maligno necessita de maior atenção, sobretudo para que ele seja diagnosticado rapidamente e tratado. Os sintomas mais comuns são:
- Dores locais e que também podem irradiar para braços e pernas;
- Perda de sensibilidade, formigamento e fraqueza muscular;
- Deformidades na coluna;
- Perda do controle da micção ou evacuação.
Diagnostica-se o câncer na coluna por meio da análise dos sintomas, exames de imagem e biópsia do local. Quando o médico tiver todos os dados em mãos, é hora de começar o tratamento.
A cirurgia para retirada do tumor é a opção mais eficaz, chamada de tratamento curativo. No entanto, quando o câncer já se espalhou ou o paciente não pode se submeter à cirurgia, há o tratamento paliativo, que tenta evitar a progressão do problema com radioterapia e quimioterapia.
Conheça a anatomia da coluna vertebral para facilitar a identificação de problemas na coluna
33 vértebras formam a coluna vertebral, que se dividem conforme a região em que estão. Conhecer essa divisão é importante na hora de identificar problemas na coluna:
- Cervical: 7 vértebras;
- Torácica: 12 vértebras;
- Lombar: 5 vértebras;
- Sacro: 5 vértebras fundidas;
- Cóccix: 4 vértebras fundidas.
Além das vértebras, há os discos intervertebrais, que são estruturas que funcionam como amortecedores entre os ossos da coluna.
A coluna abriga também a medula espinhal e é por onde passam as raízes nervosas que irão enviar comandos a todo o nosso corpo.
Outro ponto importante é que a coluna não é totalmente reta. Ela tem curvaturas naturais, facilmente identificadas na região torácica e lombar. Em condições normais, essa estrutura dará suporte a todo o nosso corpo e permitirá uma grande mobilidade.
Quais os sintomas que a coluna pode causar?
Quando há qualquer problema na coluna, o paciente pode se queixar de uma série de sintomas, até mesmo em outras regiões do corpo. A dor costuma ser o primeiro sinal de que há algo errado, podendo ser localizada ou se espalhar por diversas vértebras, geralmente surgindo devido ao mau uso da coluna, como ficar sentado por muito tempo, realizar movimentos repetitivos e carregar peso em excesso. Além disso, pode ocorrer:
- Rigidez, o que impede que a pessoa movimente-se naturalmente;
- Dor nas articulações do pescoço;
- Dor, formigamento ou perda da sensibilidade nos braços e pernas;
- Dor ou dificuldade para respirar;
- Incontinência fecal e urinária;
- Inchaço.
Quais são as partes do corpo que a coluna pode afetar?
A coluna afeta diversas partes do corpo, pois está em uma região central e desempenha um papel crucial em diversas funções do organismo. Assim, muitos problemas na coluna causam sintomas nos seguintes locais:
- Cabeça: dores de cabeça podem se originar por algum problema nas vértebras. Essa possibilidade se torna ainda mais forte quando a dor se agrava diante de esforço físico ou quando a pessoa permanece em uma postura inadequada por muito tempo;
- Pernas: dor nas pernas, dormência e dificuldades de se locomover podem ser um indício de que há um problema grave na região da coluna, que está levando a uma compressão nervosa;
- Pescoço: o pescoço dolorido durante o dia pode ser um sinal de que você está dormindo em uma posição desfavorável ou permanece por muito tempo com uma postura inadequada durante a execução de alguma atividade;
- Braços e ombros: a postura inadequada e o carregamento de peso sem o devido cuidado pode fazer com que as dores nas costas irradiem para os ombros, principalmente se ela acontece na cervical ou torácica. Formigamento e fraqueza muscular nos braços também são indícios a serem observados.
Como prevenir problemas na coluna?
Diversos problemas na coluna podem ser prevenidos com mudanças de hábitos, já que muitos sintomas nessa região estão associados à má postura e movimentos repetitivos. A dor nas costas e outros incômodos são evitados ao adotar os seguintes comportamentos:
- Posicione as telas na altura dos olhos: é comum usarmos smartphones, tablets e notebooks em uma posição mais baixa do que deveriam ficar, o que nos obriga a flexionar o pescoço. Fazer isso por longos períodos aumenta a tensão na região cervical e prejudica sua coluna. Então, compre suportes ou levante os braços para que as telas fiquem na posição correta;
- Mantenha as costas retas o tempo todo: ao caminhar, digitar em um notebook ou realizar tarefas domésticas, lembre-se de manter as costas retas. Muitas vezes será necessário adquirir equipamentos ergonômicos;
- Não curve as costas ao levantar peso: se precisar pegar algo pesado no chão, mantenha a coluna reta e dobre os joelhos. Esse movimento pode parecer um pouco difícil de executar, mas irá proteger suas costas;
- Divida o peso igualmente: ao carregar sacolas de compra, divida o peso igualmente entre cada braço. Se estiver levando uma mochila, use as duas alças. Já quem gosta de usar bolsas, deve alternar o peso entre os ombros regularmente;
- Mantenha o peso corporal sob controle: pessoas acima do peso estão mais suscetíveis a inflamações, além de haver uma maior pressão nas articulações, o que leva ao desenvolvimento de problemas na coluna.
E mais:
- Faça pausas durante o trabalho: ficar horas na mesma posição não é benéfico para a sua coluna e contribui para o surgimento de doenças reumatológicas. Você deve, portanto, programar pausas durante o trabalho para se movimentar, alongar-se e mudar de posição;
- Pratique atividades físicas: esta é uma ótima forma de melhorar a mobilidade da coluna e fortalecer a musculatura que a protege;
- Durma bem: uma boa noite de sono é fundamental para evitar dores nas costas. Além disso, observe se o seu colchão e travesseiro estão em bom estado;
- Procure atendimento médico quando sofrer impactos na coluna: acidentes de carro, quedas e pancadas podem provocar fraturas e luxações, por isso não espere a dor passar naturalmente. Marque uma consulta com o seu médico.
Como as dores nas costas podem influenciar no seu dia a dia?
A dor nas costas é um sintoma comum em quem sofre de problemas na coluna. Mas ao aumentar de intensidade e duração, ela passa a afetar o seu dia a dia, prejudicando o trabalho e também os momentos de lazer. As principais consequências da dor são:
- Gera rigidez e limitação de movimentos, o que afeta o rendimento no trabalho e impede a realização das tarefas com a mesma qualidade;
- Prejudica atividades corriqueiras que exigem uma maior mobilidade da coluna, como amarrar os sapatos e vestir roupa;
- A dor é capaz de atrapalhar o sono ou fazer com que ele não seja reparador;
- Dores nas costas frequentes causam alterações de humor e o paciente pode começar a sofrer de estresse, ansiedade e até depressão;
- O sintoma pode atrapalhar a prática de atividades físicas, iniciando, então, uma cadeia de eventos prejudicial à saúde, que leva ao sedentarismo e ao ganho de peso.
Tratamentos para problemas na coluna
O tratamento para problemas na coluna varia conforme o diagnóstico feito pelos reumatologistas. Pois, enfermidades distintas podem exigir abordagens diferenciadas. Mas, de forma geral, dividem-se as terapias em alguns grupos:
Medicamentos
Diversos sintomas na coluna exigem um tratamento medicamentoso para alívio. Dessa forma, algumas opções são analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
Usam-se esses medicamentos principalmente para eliminar os sintomas mais incômodos, como a dor, ajudando o paciente a ter mais mobilidade e executar suas tarefas diárias com mais facilidade.
Em alguns casos mais graves, o médico pode receitar infiltrações ou bloqueios na coluna, em que se utilizam agulhas para aplicar medicamentos diretamente na origem do problema. Mas para ter certeza de que a aplicação será feita no local correto, o especialista utiliza um aparelho de imagem que permite a visualização do local em tempo real.
Fisioterapia
A fisioterapia é parte importante do tratamento de problemas na coluna. É por meio dela, portanto, que a área recupera sua flexibilidade e volta a fazer todos os movimentos esperados. Além disso, há um aumento da força muscular, contribuindo para a proteção da região.
Durante as sessões também são feitos alongamentos que ajudam a reduzir a tensão e o paciente é educado quanto à sua postura.
Cirurgia
A cirurgia na coluna é uma opção quando o paciente não melhora diante do tratamento conservador e o problema continua a evoluir, prejudicando de forma intensa sua qualidade de vida. Assim, as técnicas modernas ajudam o paciente a se recuperar com rapidez.
É possível utilizar a abordagem cirúrgica como tratamento para diversas enfermidades que atingem a coluna vertebral, como hérnia de disco, escoliose e espondilite. Muitos tratamentos são feitos por endoscopia, assim as incisões são mínimas, o que preserva a musculatura ao redor da coluna, reduz as complicações durante e após o procedimento e resulta em cicatrizes menores.
Terapias alternativas para problemas na coluna
Pode-se trabalhar algumas terapias alternativas junto aos tratamentos convencionais para aliviar problemas na coluna. Já que muitas promovem relaxamento, alongam a musculatura e ajudam na mobilidade.
As opções mais conhecidas são acupuntura, yoga, pilates e massagens. Pois esses métodos são muito procurados por quem deseja acessar um tratamento mais natural e reduzir a necessidade de medicamentos e de técnicas invasivas.
Entretanto, as terapias alternativas não substituem as convencionais e seu uso só deve ser feito quando receitado por um especialista.
O que acontece se os problemas na coluna não forem tratados?
Assim como ocorre em outras regiões do corpo, os problemas na coluna não tratados tendem a se agravar ao longo do tempo. Por se tratar de uma área tão importante, as complicações podem ser extremamente sérias. A locomoção começa a ser prejudicada, o paciente passa a ter dificuldades até mesmo em tarefas simples do dia a dia e a dor frequente atrapalha o sono.
Além disso, como vimos em outros tópicos, o comprometimento de outras áreas do corpo será cada vez maior, com perda da sensibilidade dos membros, movimentos limitados e perda de força. Por isso, ao identificar problemas na coluna, procure um reumatologista Unimed ou de outro plano de saúde.
Quem tem dores nas costas pode realizar atividades físicas?
Quem sofre de dores nas costas costuma pensar que não deve realizar atividades físicas, pois elas podem machucar ou agravar o quadro. Mas a verdade é que exercícios bem conduzidos são extremamente benéficos para a coluna, até mesmo reduzindo o risco de lesões.
Para colher os efeitos positivos, o paciente deve fazer atividades recomendadas por especialistas da área, que, portanto, irão avaliar o quadro e sugerir práticas que ajudem a alongar e fortalecer as costas sem prejuízos à qualidade de vida.
É preciso respeitar a intensidade e o tipo de atividade sugerida. Há opções que se podem adaptar para muitos problemas na coluna e conforme a preferência do paciente, como musculação, natação, corrida, caminhada e ginástica.
Mitos e verdades sobre problemas na coluna
Para evitar problemas na coluna e saber quando buscar ajuda médica, é fundamental ficar, então, atento a alguns mitos e verdades sobre essa estrutura tão importante do corpo humano:
- Quanto mais duro o colchão, melhor para a coluna: MITO. É preciso encontrar um equilíbrio, já que colchões muito duros ou muito macios fazem mal para a coluna. A densidade correta varia de pessoa para pessoa. Assim, um bom colchão é aquele que faz com que você acorde renovado e sem dores nas costas;
- Estalar o pescoço prejudica a coluna: VERDADE. Essa é uma prática que se deve evitar, pois se trata de um movimento não natural que pode lesionar gravemente a região. Prefira fazer alongamentos e, se estiver com dores, procure um médico;
- Sobrepeso é um fator de risco para dores na coluna: VERDADE. Porque o excesso de peso faz com que a coluna fique sobrecarregada, aumentando o risco de lesões, inflamações e outros problemas nas vértebras e discos;
- Repouso é a melhor indicação para problemas na coluna: MITO. Deve-se avaliar cada situação individualmente, mas, em geral, os exercícios físicos contribuem para a melhora de dores e outros sintomas na coluna.
Por fim, evite o autodiagnóstico e a automedicação. Conhecer mais sobre a coluna vertebral é benéfico para os pacientes, mas não se deve iniciar nenhum tratamento sem a devida avaliação médica.