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Sintomas de lúpus: quais os principais e por que você deve procurar um reumatologista.

Mulher com dor na articulação do cotovelo, um dos sintomas de lúpus - Dr. Marcelo Corrêa Reumatologista de Belém do Pará

Existem dezenas de sintomas de lúpus que podem indicar a necessidade de consulta com um reumatologista. Mesmo assim, a doença ainda não é bem compreendida pelo público geral. Só no Brasil, são cerca de 65 mil pessoas afetadas com a doença, e os números devem subir ao longo dos anos. 

Quer entender como funciona o quadro que causa desde lesões de pele até convulsões e alterações mentais? Saiba tudo sobre o lúpus, os seus sintomas, diagnóstico, tratamento e os principais tipos neste artigo. 

O que é e quais os principais sintomas de lúpus?

Os sintomas de lúpus variam bastante, por isso, não conseguimos definir a doença somente com base nisso. Classifica-se como uma condição autoimune que gera diferentes manifestações de acordo com a região do corpo atacada pelas células do sistema imunológico. 

Como o próprio nome da doença sugere, o sistema imunológico ataca diversos tecidos do organismo de forma sistêmica. Desse modo, a inflamação espalha-se por várias áreas, criando um quadro diverso para cada paciente. 

A enfermidade ocorre com maior frequência em mulheres, bem como acontece com outros tipos de doenças reumatológicas. A faixa etária mais afetada é entre 14 e 45 anos, mas é possível descobrir o lúpus em pacientes com idade mais avançada. 

Outros sintomas de lúpus comuns

Os sintomas de lúpus variam conforme o local da inflamação. Os médicos consideram que nenhum caso da doença é exatamente igual ao outro, o que dificulta o diagnóstico e a tomada de decisão do método de tratamento em alguns pacientes. 

Os sinais mais recorrentes encontrados no caso do lúpus sistêmico são: 

  • Fadiga.
  • Febre.
  • Dor articular, inchaço, vermelhidão e sensibilidade local.
  • Manchas na pele, especialmente no rosto.
  • Dores abdominais,
  • Convulsões.
  • Sensibilidade à luz ou dificuldades de visão.
  • Queda de cabelo.
  • Falta de ar.
  • Dor no peito.
  • Dores de cabeça, acompanhadas de confusão mental e tontura.
  • Outros. 

Há dezenas de outras possibilidades de sintomas, mas esses são os mais comuns. Os pacientes podem suspeitar do lúpus e procurar por um médico, quando um conjunto de manifestações persistentes começam a acontecer. A febre recorrente, por exemplo, já é motivo para alerta. 

Sintomas dos tipos de lúpus

A seguir, mostraremos os tipos de sintomas de lúpus. O eritematoso sistêmico é somente um dos tipos da doença. Ele é o mais comum e provoca uma maior variedade de sintomas, visto que a doença pode atingir praticamente qualquer região ou órgão. No entanto, existem outros que são divididos de acordo com a sua formação ou manifestação clínica. 

Mulher com queda de cabelo um dos sintomas de lúpus - Dr. Marcelo Corrêa Reumatologista de Belém do Pará

Lúpus cutâneo

Também conhecido como lúpus discoide, essa doença afeta apenas a pele. Quem possui a condição apresenta lesões avermelhadas no rosto, que pioram se a pessoa ficar exposta ao sol. Outros sintomas incluem: 

  • Lesões arredondadas em forma de placas.
  • Cicatrizes nos locais onde existiam lesões antigas.
  • Perda de cabelo, principalmente, quando há manchas no rosto.
  • Aumento da sensibilidade ao sol. 

Quando surgem os primeiros sinais, é comum que a pessoa busque um dermatologista. Após uma biópsia da lesão, é viável identificar a provável causa. Para complementar o diagnóstico, é possível utilizar exames de sangue e de urina. 

Lúpus sistêmico

O lúpus eritematoso sistêmico é o tipo mais comum da condição. Ele compromete o tecido conjuntivo que rodeia as articulações, os rins e os pulmões. Além disso, a doença pode desencadear sintomas cutâneos, como ocorre no tipo discoide. 

A maior parte dos pacientes apresenta um quadro de fadiga extrema que se repete quase diariamente. Mesmo depois de longos períodos de repouso, o indivíduo sente cansaço, dores e inchaço articular. Outras manifestações incluem: 

  • Dores de cabeça.
  • Anemia sem causa aparente.
  • Lesões na pele após exposição aos raios solares. 

Os sintomas ficam mais intensos após períodos de estresse, traumas ou outras infecções. A pessoa também pode desenvolver alterações do sistema nervoso central que afetam a memória e o raciocínio. 

Lúpus neonatal

As mulheres que têm essa doença reumatológica, algumas das vezes, transmitem a doença para os seus filhos. Esse quadro é denominado lúpus neonatal. Isso acontece quando os anticorpos patogênicos da mãe passam ao filho ainda no útero. 

Quem deseja engravidar e é portadora da condição deve procurar o tratamento com um reumatologista. Se a condição for controlada, as chances de transmissão serão mínimas. Na primeira gestação, apenas 2% das crianças chegam a desenvolver o quadro. 

Caso o médico constate o lúpus neonatal, a paciente deve ser submetida a exames de hemograma, eletrocardiograma e ecocardiograma. Os sintomas mais comuns são as lesões avermelhadas na pele e a complicação cardíaca. 

Lúpus induzido por drogas

Existem algumas interações medicamentosas que geram sintomas de lúpus mesmo em pessoas não portadoras da doença. O tempo entre a ingestão ou a administração das drogas e o surgimento de sintomas oscila. Há, inclusive, casos de indivíduos que ficam anos sem desenvolver qualquer sinal. Entretanto, também existem pessoas que têm sintomas já na primeira dose. 

Ao contrário dos outros tipos de lúpus que mencionamos até aqui, o LID (lúpus induzido por drogas) não é crônico. Os sintomas desse tipo da doença devem desaparecer poucos meses depois de encerrar a medicação. 

Alguns dos possíveis causadores da doença são remédios para:

  • Hipertensão.
  • Antibióticos.
  • Anticonvulsivos. 

O médico reumatologista deve investigar e testar a troca de fármacos, para conseguir o alívio definitivo dos sintomas. 

Diagnóstico a partir dos sintomas de lúpus

Os sintomas de lúpus são uma parte importante do processo de descoberta. Recomendamos que o indivíduo com suspeita da doença anote todos os sinais que têm sentido, antes de procurar o médico especialista. O histórico de saúde do paciente define boa parte do diagnóstico ou pelo menos ajuda a identificar os indícios dessa condição reumática. 

Posteriormente, é possível complementar com alguns exames laboratoriais, como: 

  • Anticorpos anti-Sm.
  • Anticorpos anti-DNA.
  • FAN, fator ou anticorpo antinuclear.
  • Exame de sangue. 
  • Teste de urina.
  • Exames de imagem. 

Esses procedimentos auxiliam na confirmação de anticorpos que ocorrem com frequência nos casos da doença. Já os testes de imagem são úteis para descartar outras possíveis origens dos sintomas do lúpus sistêmico. Eles avaliam o estado de diversos órgãos e se há lesões, inflamações ou infecções. 

Tratamento com reumatologistas

O tratamento com reumatologistas é realizado de acordo com o tipo de lúpus e as suas manifestações. Não existe cura para a condição, o que podemos fazer é controlar os sintomas e evitar as situações de crise. 

Confira alguns dos remédios mais usuais na conduta terapêutica: 

  • Anti-inflamatórios não corticoides: aliviam a febre e as dores articulares.
  • Antimaláricos: tratam a sensibilidade à luz, manchas na pele e queda de cabelo.
  • Imunossupressores: indicados somente para os casos mais graves.
  • Corticoides: previnem distúrbios do sistema nervoso central em quadros severos de lúpus. 

O acompanhamento constante com o médico coopera para a manter o tratamento adequado conforme o momento de sintomas do paciente.

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O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.

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