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Dor na coluna cervical: possíveis causas e como o reumatologista pode ajudar. 

Mulher com dor na coluna cervical - site Dr. Marcelo Corrêa reumatologista de Belém - PA

Uma dor na coluna cervical pode ter inúmeras causas, desde um mal jeito na hora de dormir, que se resolve de forma simples e espontânea, até uma doença crônica. Mas como saber se o desconforto que você sente na região do pescoço aconteceu por uma tensão no trabalho, pela má postura ou é sinal de algo mais grave?

Infelizmente, não podemos estabelecer uma regra clara, já que as doenças reumatológicas possuem características bastante diferentes umas das outras. Só um especialista em reumatologia consegue realizar o diagnóstico correto e determinar qual doença causa a dor. 

As dores nesta região são um pouco complexas de diagnosticar. Afinal de contas, é uma região comum para torcicolos e tensões que também causam sintomas dolorosos. Que tal entender quais doenças podem estar envolvidas em um quadro de dor no pescoço? Continue lendo para conhecer as principais condições relacionadas e como são definidos o diagnóstico e o tratamento. 

O que pode causar dor na coluna cervical?

A dor na coluna cervical é um sintoma genérico que está relacionado a uma série de problemas. Muitos pacientes chegam a apresentar o sintoma após uma lesão ou trauma, como ocorre na síndrome do chicote após acidentes automotivos. 

O excesso de tensão muscular nos ombros e no pescoço é outra causa comum. Contudo, as doenças reumáticas, frequentemente, são verdadeiras vilãs. Selecionamos algumas das mais recorrentes abaixo, demonstrando os seus sintomas e sinais. 

1. Osteoartrite

A osteoartrite é uma doença proveniente do desgaste da cartilagem que protege diversas articulações do corpo. Mais comum em pessoas da terceira idade, ela é conhecida como uma consequência normal do envelhecimento, porém, alguns hábitos e características do indivíduo podem acelerar o seu surgimento. 

A doença acontece com maior frequência em regiões móveis e que suportam altos níveis de pressão, como a coluna lombar e os joelhos, mas também afeta a região cervical. Este desgaste gera dor na coluna cervical e pode causar compressão nervosa. Neste caso, o paciente sofre com dor, perda de sensibilidade e formigamento no pescoço, nos ombros e nos membros superiores. 

Em quadros mais graves, é possível perceber perda de mobilidade do pescoço e cefaleia frequente. Quanto antes começar o tratamento, será melhor, já que as vértebras cervicais podem sofrer danos irreversíveis em virtude da degeneração. 

2. Estenose espinhal

O canal vertebral tem como função proteger os diversos nervos que passam pela região. Com o tempo, ele sofre algumas alterações como consequência da degeneração articular. Seja por crescimento anormal do osso (no caso dos osteófitos) ou de tecidos próximos, os nervos ficam comprimidos. Uma das principais origens deste estreitamento, que afeta o canal da medula espinhal, está ligada ao processo natural do envelhecimento, mas também pode ser de ordem primária e congênita. 

Os tipos de estenose espinhal são categorizados de acordo com a localização da região atingida na coluna vertebral, tais como: cervical, lombar e torácica. Na estenose cervical, as mudanças estão concentradas na região do pescoço. 

Os pacientes diagnosticados com estenose espinhal cervical são alvo de: 

  • Dormência e formigamento nos membros superiores;
  • Fraqueza;
  • Sensação de queimação no pescoço; 
  • Sensação de alfinetadas na região afetada, dentre outros sintomas. 

Para conseguir um tratamento eficaz, é sempre importante definir a causa do estreitamento. 

3. LER associada à dor na coluna cervical

A lesão por esforço repetitivo (LER), também chamada de distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), é um tipo de síndrome reumatológica comumente associada à dor na coluna cervical. A LER, que representa um grupo de afecções do sistema musculoesquelético, desenvolve-se ao longo de anos após pequenas agressões na região cervical. Em geral, as pessoas que realizam movimentos repetitivos durante o trabalho estão no grupo de risco para a sua manifestação. A agressão ainda pode ocorrer por vibração e postura, algo predominante no caso da cervicalgia. 

A LER/DORT na região cervical está cada vez mais constante, especialmente, em trabalhadores de escritório. Também chamada de “síndrome do pescoço de texto”, ela surge pela posição “abaixada” que os pacientes assumem ao usar o celular ou o computador. Isso gera tensão muscular e rigidez na região. 

Quanto mais tempo demora o diagnóstico, pior fica a condição da coluna. Algumas pessoas chegam a desenvolver desvios posturais, as famosas corcundas, por este motivo. 

4. Artrite reumatoide

Os pacientes com artrite reumatoide são acometidos por dor e perda de mobilidade, quando o sistema imunológico ataca as articulações. Apesar de ouvirmos falar com maior frequência de sintomas que afetam a coluna lombar, os joelhos e o quadril, ela também ocorre na cervical. 

O mais comum é que pacientes desenvolvam a artrite em outras articulações anos antes de ela atingir o pescoço. Conforme a inflamação articular progride, ela atinge múltiplas regiões do corpo e chega até a comprometer alguns órgãos nos casos mais graves. 

No caso da cervical, os sintomas mais incidentes são o inchaço, a perda de mobilidade e a dor. Os sinais são bem distintos daqueles que ocorrem por causa de uma lesão ou outras patologias, uma vez que, raramente, melhoram com o tempo. O ápice da dor na artrite, segundo relatos de pacientes, é após acordar ou depois de horas sem atividade.

5. Espondilite anquilosante

A espondilite anquilosante (EA) é uma inflamação crônica que, com o tempo, gera a fusão das vértebras. Assim como ocorre na artrite reumatoide, a espondilite provoca inflamação devido às reações imunológicas do próprio corpo do paciente. Na maior parte das vezes, a doença acomete homens de 20 a 40 anos com histórico de doenças reumatológicas na família. 

As regiões mais atingidas pela espondilite anquilosante são as colunas lombar e torácica. No entanto, a doença pode chegar à essa parte da coluna e causar sintomas, como dor na cervical, perda de mobilidade e parestesias em razão da compressão nervosa. O diagnóstico precoce eleva as chances de evitar danos permanentes à articulação. 

6. Fibromialgia

fibromialgia não tem cura e provoca dores musculares generalizadas, mas sem que haja evidências de qualquer inflamação. O problema desencadeia outros sintomas, como cansaço e sono não reparador.

As causas da enfermidade ainda não foram esclarecidas, mas há indícios que apontam para uma alteração na percepção de dor do indivíduo. Isso é embasado por estudos que visualizaram o cérebro de pacientes com essa condição.

Além disso, pessoas que sofrem de fibromialgia costumam apresentar sensibilidade em outras áreas do corpo, como no intestino e na bexiga. 

Outro ponto de destaque é que muitos pacientes passam a sofrer da condição após alguma dor não tratada ou doença grave.

A fibromialgia causa alterações no humor e o paciente pode desenvolver ansiedade e depressão. O diagnóstico é sobretudo clínico devido à ausência de inflamações. Mas exames de imagem e laboratoriais podem ser usados para descartar outras doenças.

Pessoa com dor na coluna cervical - Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

7. Osteoporose causa dor na coluna cervical

A osteoporose é marcada pelo enfraquecimento ósseo, tornando essas estruturas mais sensíveis e suscetíveis à fratura. O problema pode resultar em dor na coluna cervical. A doença se torna mais comum com o envelhecimento, mas também pode atingir pacientes em outras fases da vida.

Alguns fatores de risco importantes são a predisposição genética, sedentarismo, dieta pobre em cálcio, tabagismo, menopausa e disfunções na tireoide.

A enfermidade não costuma apresentar sintomas muito claros, mas a suspeita pode surgir em um exame clínico, quando o reumatologista faz questionamentos sobre a saúde do paciente e o histórico familiar, além dos seus hábitos cotidianos.

Mas a confirmação do diagnóstico geralmente exige um exame de densitometria óssea, em que é utilizado um aparelho de imagem para medir a densidade óssea das estruturas mais propensas ao problema, como o fêmur e a coluna lombar.

8. Hérnia de disco causa dor na coluna cervical

A hérnia de disco também pode provocar dor na coluna cervical. Nessa condição, os discos vertebrais – estruturas com um líquido gelatinoso que funcionam como amortecedores entre as vértebras – deslocam-se e fazem pressão nos nervos do canal vertebral.

Quando o problema progride, as paredes do disco podem se romper, ocorrendo a chamada extrusão, em que o conteúdo daquele espalha-se pelo canal.

Assim, a hérnia de disco pode provocar fortes dores, rigidez e dificuldades de movimentação. Felizmente, existem diversas formas de tratamento, que fazem com que o disco retorne à sua posição original. Na maioria das vezes, o problema é resolvido de forma clínica, sem necessidade de cirurgia.

9. Lesões traumáticas

O pescoço é uma região de muita mobilidade que fica facilmente exposta, estando suscetível a várias lesões traumáticas que podem ocorrer devido a pancadas, acidentes de carro e até mesmo  movimentos bruscos.

Quando ocorre uma lesão, a dor pode surgir de maneira abrupta, sendo fundamental buscar por um reumatologista imediatamente; assim, é possível avaliar a gravidade do problema e descobrir se houve comprometimento de alguma estrutura.

Além disso, o paciente também pode se queixar de inchaço no local, vermelhidão, rigidez e aumento da dor ao realizar determinados movimentos.

10. Miosite causa dor na coluna cervical

A miosite é um tipo de inflamação muscular que pode atingir diversos músculos do corpo, incluindo aqueles localizados na região cervical. O paciente afetado apresenta como principais sintomas dor na coluna cervical, fraqueza muscular progressiva, febre, cansaço excessivo e dificuldades de movimentação da região.

A doença recebe várias classificações, como miosite ossificante, infecciosa, viral aguda e infantil. Suas causas são muito variadas, incluindo traumas, doenças autoimunes, vírus ou bactérias, uso de determinados medicamentos, fatores genéticos e até câncer.

Outro ponto de destaque é que a doença é duas vezes mais comum em mulheres e atinge principalmente adultos entre 40 e 60 anos ou crianças e adolescentes de 5 a 15 anos. 

O diagnóstico é feito em algumas etapas. Inicialmente, o médico analisa o histórico do paciente e faz um exame físico. Em seguida, o reumatologista Unimed pode solicitar exames laboratoriais e de imagem, como raio-x e ressonância magnética, para avaliar os grupos musculares.

Em algumas situações, também é retirada uma pequena amostra do músculo para a realização de uma biópsia.

11. Síndrome de Eagle

Essa é uma síndrome rara, caracterizada pelo aumento ou calcificação do processo estiloide, um pequeno osso localizado próximo à orelha. Nesse processo, o osso comprime vasos e nervos, causando inflamação e uma série de sintomas, como dor na região cervical, principalmente ao virar o pescoço, dor na face, garganta e ouvido, dificuldades para engolir e sensação de algo preso na garganta.

Estima-se que o alongamento do processo estiloide atinja apenas 4% da população, sendo que a maioria não apresenta nenhum sintoma.

O diagnóstico é baseado em exames físico, laboratoriais e de imagem. Ademais, por se tratar de uma doença rara, muitas vezes é preciso descartar outras condições para chegar ao seu diagnóstico.

Médica examinando homem de meia idade - Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

12. Tumores causam dor na coluna cervical

A dor na coluna cervical pode surgir em decorrência de tumores. Assim, é possível que essas massas se formem em diferentes áreas da coluna, causando grande preocupação ao paciente. No entanto, muitas vezes os tumores são benignos, não oferecendo risco de morte.

Por outro lado, somente um especialista pode avaliar o problema e sugerir a melhor abordagem. Em caso de tumores malignos, é comum a realização de uma cirurgia para sua retirada, além de sessões de quimioterapia e radioterapia. Para evitar que o tumor se espalhe, o diagnóstico precoce é fundamental.

13. Síndrome de Whiplash

Também conhecida como síndrome do chicote, esse problema decorre de um movimento brusco do pescoço, em que ele se move para frente e para trás violentamente e em pouco tempo. Essa situação é muito comum em acidentes de carro ou quando um avião aborta a decolagem usando toda a sua força de frenagem.

Esse movimento do pescoço pode lesionar os músculos, os ligamentos e até os ossos da região. Desse modo, após o movimento de chicote, alguns sintomas surgem, como dor na coluna cervical, tontura, cansaço, dificuldades para engolir e dormência.

Nos casos mais graves, ocorre comprometimento neurológico, com perda da sensibilidade e redução dos reflexos. O diagnóstico baseia-se primariamente em exames físicos. Caso o médico suspeite de uma situação mais grave, ele irá solicitar exames de imagem.

14. Tensão muscular cervical

É um problema caracterizado por dor nos músculos da região cervical. Nesse caso, os episódios surgem de forma intermitente e geralmente são acompanhados por outros sintomas, como rigidez muscular, aumento da sensibilidade e dificuldades para movimentar ombros e braços.

As causas da tensão muscular cervical são muitas vezes associadas à lesão por esforço repetitivo, que faz com que haja um acúmulo de resíduos nos músculos ou uma redução da circulação sanguínea.

O tratamento é feito por meio de medicamentos, fisioterapia e correção postural. Além disso, é possível prevenir os sintomas ao manter a coluna ereta durante as atividades do dia a dia, evitar carregar muito peso, beber bastante água e fazer pausas durante a execução de trabalhos repetitivos.

15. Infecções

Quando microrganismos chegam até a coluna cervical, eles são capazes de provocar infecções que resultam em dores. Outros sintomas são característicos desse tipo de problema, como rigidez no pescoço, irradiação da dor para pernas e braços, febre e dor de cabeça.

Problemas na coluna decorrentes de infecções podem ser potencialmente graves e até resultar em lesões neurológicas, sendo fundamental iniciar o tratamento precocemente. Muitas vezes, são utilizados medicamentos, mas, em casos mais avançados, quando há tecidos necrosados, é feita uma intervenção cirúrgica.

16. Doença degenerativa do disco cervical causa dor na coluna cervical

A dor na coluna cervical pode ter como causa a doença degenerativa do disco cervical, que ocorre quando os discos intervertebrais perdem água e elasticidade, degenerando-se e reduzindo sua capacidade de atuar como amortecedores entre as vértebras. Essa degeneração é um processo natural que ocorre com o envelhecimento, entretanto algumas condições podem fazer com que os sintomas apareçam mais cedo, como tabagismo, obesidade, trabalho pesado em posição incorreta e predisposição genética. Felizmente, os sintomas podem ser aliviados com tratamento conservador ou cirúrgico. 

Mulher com dor na coluna cervical - Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

Relação entre estresse e dor na coluna cervical

A dor na coluna cervical pode estar ligada ao estresse. Muitos não imaginam que esse problema seja capaz de causar sintomas físicos, mas a verdade é que o estresse pode afetar de maneira drástica nossa saúde física e mental.

As dores nas costas ligadas ao estresse têm relação com a tensão gerada nos músculos, já que o sintoma emocional faz com que sejam liberados hormônios que influenciam na percepção de dor.

De forma mais específica, os tecidos musculares perdem circulação sanguínea e oxigenação devido à descarga de adrenalina. O quadro se torna ainda mais preocupante quando analisamos que o estresse é cada vez mais comum na sociedade moderna devido a um estilo de vida atribulado, em que as pessoas assumem muitas responsabilidades e dedicam pouco tempo a atividades relaxantes.

Além disso, a situação acaba por cair em um ciclo vicioso, já que o estresse contribui para as dores e a dores fazem com que a pessoa se sinta ainda mais estressada.

Para aliviar os sintomas, existem algumas dicas que devem ser adotadas no dia a dia:

  • Evitar, sempre que possível, situações que causam estresse;
  • Realizar atividades físicas regulares, o que contribui para o fortalecimento muscular e a liberação de hormônios ligados ao prazer e ao bem-estar;
  • Ter uma rotina bem definida, evitando o acúmulo de tarefas;
  • Separar tempo para atividades de lazer;
  • Ter uma rotina de sono, com horários para se deitar e levantar.

Qual a diferença entre torcicolo e cervicalgia?

O torcicolo é uma dor na região do pescoço que se apresenta de maneira transitória, causando um grande incômodo, mas geralmente desaparecendo dentro de 1 semana. O paciente com torcicolo sente dor e dificuldade para mover o pescoço. O problema muitas vezes surge após dormir de mau jeito ou fazer um movimento brusco que gere grande tensão nos músculos da região.

Já a cervicalgia refere-se a uma dor aguda e duradoura, que pode ter causas mais profundas, como uma hérnia de disco ou uma fratura. Trata-se de um problema comumente mais grave, que deve ser investigado imediatamente para evitar a piora do quadro.

Como ambas as condições apresentam sintomas parecidos, é importante marcar uma consulta com um especialista para avaliação e diagnóstico correto. Tanto o torcicolo quanto a cervicalgia podem ser tratadas por meio de medicamentos e outros métodos, como repouso e fisioterapia.

Homem sentindo dores no pescoço - Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

Quando a dor na região cervical passa a ser preocupante?

A cervicalgia se torna preocupante quando é persistente e vem acompanhada de mal-estar geral e febre. Pois isso pode ser um sintoma de coluna inflamada ou uma infecção.

Além disso, existem outras situações que devem acender o sinal de alerta:

  • A dor é tão forte que impede que o paciente flexione o pescoço e encoste o queixo no peito;
  • Há dormência nos braços e mãos;
  • Há perda de coordenação motora nas extremidades do corpo;
  • O paciente tem dificuldades para caminhar;
  • A dor surgiu após um acidente de trânsito ou uma pancada forte na coluna cervical.

Dicas para prevenir dor na coluna cervical

A prevenção é fundamental para não sofrer com dor na coluna cervical. Adotar hábitos simples no dia a dia costuma ser o suficiente para evitar ou, pelo menos, reduzir o sintoma.

1. Mantenha a tela na altura correta

Muitas pessoas têm o hábito de baixar a cabeça enquanto usam celulares, tablets e notebooks. Mas essa posição aumenta a pressão na coluna cervical e provoca dores. Então, ao mexer no smartphone, levante-o para que fique na altura dos olhos.

Se estiver sentado, uma boa ideia é apoiar os cotovelos em uma mesa, ajudando a manter a tela na posição correta. Para que a experiência seja mais cômoda, experimente comprar suportes adequados.

2. Faça pausas

Ficar longos períodos na mesma posição não é bom para sua coluna. Coloque alarmes para lembrá-lo de fazer pequenas pausas a cada 1 hora. Nesse intervalo, alongue-se, caminhe e troque de posição. Isso ajuda a relaxar a musculatura e manter a coluna alinhada.

3. Use um apoio de cabeça para evitar a dor na coluna cervical

Comprar uma cadeira com apoio de cabeça pode ser um dos melhores investimentos que você vai fazer para prevenir a dor na coluna cervical. A ideia é ter um ponto fixo para apoiar a cabeça o tempo inteiro, assim você evita inclinar-se para olhar a tela, flexionando o pescoço sem perceber.

4. Fortaleça a musculatura

Os músculos ao redor da coluna são importantes para sua proteção. Por isso é fundamental praticar atividades físicas regularmente, com exercícios focados nesta região. Além disso, alongue-se com frequência.

5. Entenda que a dor é um sinal de alerta

Se você está sentindo dor nas costas, não espere o problema se agravar para buscar ajuda. É importante marcar uma consulta com um reumatologista para identificar as causas do problema e iniciar o tratamento.

Assim como ocorre com tantas enfermidades, o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento e reduz o número de visitas ao consultório.

Mulher com dor no pescoço - site Dr. Marcelo Corrêa reumatologista de Belém - PA

Como ocorre o diagnóstico da dor na coluna cervical?

Para conseguir iniciar o tratamento da dor na coluna cervical com origem reumatológica, o paciente primeiro deve passar por diagnóstico com um especialista da área. Tudo começa com uma avaliação física, além de uma análise do histórico médico do indivíduo no consultório. Muitas doenças possuem sinais inespecíficos, é usual, por exemplo, confundir diversos tipos de artrite. 

Também é importante realizar os exames de imagem recomendados pelo reumatologista. O raio-X, a tomografia e a ultrassonografia da região acometida ajudam a identificar os sinais de inflamação, o desgaste e outros tipos de danos articulares. No entanto, não são capazes de diagnosticar a condição isoladamente. 

Só combinando estes exames com a anamnese feita pelo especialista, será viável detectar qual é a condição específica. Em doenças autoimunes, como artrite reumatoide, alguns pacientes ainda recebem encaminhamento para os exames laboratoriais, com o intuito de investigar os marcadores de inflamação. 

Tratamento da dor na coluna cervical com o reumatologista

Após constatar qual é a condição que acarretou a dor na coluna cervical, deve-se começar o tratamento. Primeiramente, vale a pena mencionar que não existe um protocolo padronizado para todos os casos. Pelo contrário, o reumatologista trabalha com um tratamento altamente personalizado, que leva em consideração as especificidades de cada paciente. 

Os medicamentos têm como objetivo diminuir os sintomas e evitar maiores danos articulares. Entretanto, não existe cura para as condições reumatológicas mencionadas anteriormente. Ou seja, será necessário manter o controle da doença durante toda a vida. 

Vale destacar que os pacientes que recebem acompanhamento reumatológico adequado conseguem conviver bem com as suas condições. Depois dos primeiros meses de tratamento, é possível alcançar o estado de remissão da doença.

Medicamentos para dor na coluna cervical

O tratamento medicamentoso é uma das primeiras opções para lidar com a dor na coluna cervical. Os tipos e as dosagens vão variar conforme cada caso. Mas, de forma geral, são receitados analgésicos, anti-inflamatórios e também relaxantes musculares.

Isso costuma ser o suficiente para trazer um grande alívio ao paciente ou até mesmo deixá-lo totalmente livre da dor. Entretanto, dependendo da situação, abordagens complementares são necessárias para solucionar o problema de forma definitiva.

É fundamental que o paciente evite se automedicar e siga rigorosamente as instruções do médico.

Fisioterapia

As sessões de fisioterapia são indicadas para tratar diversos problemas na coluna cervical. O paciente será instruído na prática de exercícios que melhoram a flexibilidade, a mobilidade e força muscular.

São passadas atividades para áreas específicas da coluna, ajudando a reduzir a tensão. O número total de sessões vai depender da evolução do paciente. Geralmente, o médico recomenda um número inicial e depois realiza uma nova avaliação para observar se o paciente está curado ou se serão necessárias mais sessões.

Mulher sentindo dor -  Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

Exercícios de correção postural

Muitas vezes a dor nas costas é causada pela má postura. Por isso, durante o tratamento são realizados exercícios de correção postural, que podem ocorrer nas próprias sessões de fisioterapia.

Um dos objetivos é educar o paciente, para que ele mantenha uma postura correta em seu dia a dia, mesmo após o fim do tratamento. 

Cirurgia para dor na coluna cervical

Quando a dor na coluna cervical é severa e não melhora diante dos tratamentos conservadores, a cirurgia passa a ser considerada. Atualmente existem métodos muito seguros para este tipo de intervenção.

Muitas vezes não é necessária uma cirurgia aberta, já que é possível solucionar o problema com um procedimento minimamente invasivo, que preserva as estruturas ao redor da coluna, reduz o sangramento e acelera o tempo de recuperação.

Ergonomia no local de trabalho e dor na coluna cervical

As maiores causas de dor na coluna cervical são a má postura e os movimentos repetitivos no local de trabalho. Por isso, colaboradores e empresas devem se unir para criar ambientes mais ergonômicos, o que significa adaptar móveis e equipamentos e adotar práticas que tornem o trabalho mais confortável e favoreçam a saúde do trabalhador.

Quando se fala em ergonomia, diversas ideias surgem na mente. Algumas são simples de implementar, enquanto outras necessitam de um maior esforço por parte dos envolvidos. As principais possibilidades são:

  • Adquirir cadeiras confortáveis, com bom apoio lombar e que tenham ajuste de altura;
  • Usar mesas e bancadas ajustáveis, para que elas fiquem na altura correta conforme o tamanho do colaborador que irá usá-la;
  • Posicionar telas na altura dos olhos, evitando que o usuário fique com a cabeça inclinada, o que pode gerar dor na coluna cervical;
  • Implementar equipamentos que facilitem o momento de levantar e carregar objetos pesados.

Além das mudanças no ambiente em si, a ergonomia no local de trabalho passa por alterações comportamentais, como fazer pausas regulares, alongar-se, evitar ficar na mesma posição por muito tempo e ficar sempre atento à posição da coluna durante o trabalho.

Por fim, a parte da conscientização também é muito importante. Por isso, os administradores devem promover palestras e cursos, bem como estar sempre atentos ao comportamento dos colaboradores no local de trabalho a fim de preservar sua saúde.

Abordagem multidisciplinar no tratamento da dor na coluna cervical

O tratamento para dor na coluna cervical pode envolver mais de um profissional. Em alguns casos, diversos especialistas irão se unir para tratar o paciente. Isso ocorre porque a origem da dor pode ser multifatorial, então é possível que você seja acompanhado por reumatologistas, nutricionistas, ortopedistas, psicólogos e psiquiatras, por exemplo.

Há situações em que a dor está relacionada ao excesso de peso, então é importante que o paciente busque um nutricionista para passar por um processo de reeducação alimentar e reduzir a gordura corporal.

Já os ortopedistas podem ajudar quando o problema está relacionado a fraturas ou outras questões ósseas.

Além disso, como vimos neste texto, a dor pode estar relacionada a questões de saúde mental, como o estresse, então o paciente será encaminhado para psicólogos e psiquiatras. 

Lembrando que, para evitar maiores complicações e facilitar o tratamento, o paciente não deve ignorar a dor, o que significa que é crucial procurar ajuda profissional assim que o sintoma surgir.

Mulher com dores dor na coluna cervical - Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

Qualidade do sono e dor na coluna cervical

Ter um sono de qualidade faz parte do tratamento para dor na coluna cervical, pois é durante o sono que nosso corpo entra em um estado de relaxamento e regeneração. Nesse momento, há a liberação de hormônios do crescimento, que contribuem para o processo de fortalecimento e reparo dos tecidos da coluna.

Quando não dormimos bem, essa atividade é prejudicada, de modo que vértebras, discos e músculos não se recuperam perfeitamente das tensões às quais são submetidos diariamente. Durante o sono, também há uma redução das inflamações, o que é fundamental para o controle da dor.

Sabendo disso, os pacientes com dor nas articulações do pescoço devem tomar alguns cuidados, como:

  • Observar a qualidade do colchão e do travesseiro, garantindo que eles não sejam muito duros e nem muito macios. Além disso, se estiverem em mau estado, devem ser trocados imediatamente;
  • Evitar usar celulares e outros aparelhos eletrônicos na cama;
  • Criar um clima confortável para dormir, em um ambiente com pouca luz e sem ruídos;
  • Evitar fazer refeições gordurosas antes de se deitar;
  • Reduzir ao máximo o consumo de cafeína e álcool;
  • Usar roupas confortáveis e realizar atividades relaxantes antes de ir para a cama, como tomar banho e ler.

Por fim, se você está seguindo essas dicas e sente que o seu sono não é reparador e que a dor na coluna cervical persiste, procure um médico para avaliação.

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O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.

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