Logo após o diagnóstico inicial muitos pacientes se perguntam se fibromialgia pode matar. Graças aos avanços na reumatologia, o diagnóstico da doença se torna cada vez mais frequente, no entanto, o público em geral ainda não compreende como ela funciona. Por isso, questões a respeito de suas consequências são comuns.
É importante lembrarmos aqui que a fibromialgia é uma doença crônica. Portanto, depois do diagnóstico o paciente não chegará ao ponto da cura, o que leva à importante questão sobre se fibromialgia pode matar a longo prazo.
Por ser uma doença altamente debilitante, é essencial entendermos seu funcionamento e como o tratamento acontece. É possível conviver com essa condição crônica e levar maior qualidade de vida para todos. Continue lendo para entender a resposta a essa pergunta e descobrir muito mais sobre essa doença reumatológica.
Fibromialgia pode matar? Entenda como funciona a doença
Antes de responder se a fibromialgia pode matar, precisamos desvendar um pouco mais sobre a doença. A condição gera dor muscular em todo o corpo, assim como pontos-gatilho e alguns sintomas associados.
O paciente portador da condição também apresenta alguns sintomas não relacionados à dor, mas que causam sérios impactos em sua rotina, como:
- Alterações do sono, incluindo insônia e apneia do sono;
- Fadiga intensa;
- Alterações no hábito intestinal, como constipação por períodos prolongados;
- Falhas na memória;
- Dificuldades de concentração.
A dor é generalizada e pode afetar qualquer parte do corpo ou todo o corpo simultaneamente. Reumatologistas determinam um quadro fibromiálgico quando o indivíduo possui dores por três meses ou mais. O quadro deve ser recorrente, ou seja, podem passar por períodos de remissão sem sintomas que retornam dentro de alguns meses.
Muitos pacientes com a condição sentem dificuldades de manter uma rotina adequada de trabalho, convívio social ou de prática de atividades físicas. Por ser uma condição que não gera alterações físicas aparentes, é comum que a família sinta dificuldades em aceitar o problema ou negue sua existência.
Por isso, indivíduos fibromiálgicos também apresentam distúrbios psicológicos com maior frequência, como ansiedade e depressão.
Afinal, a fibromialgia pode matar pacientes portadores?
Considerando que a doença não causa alterações físicas visíveis, será que a fibromialgia pode matar? Diretamente não, já que suas dores e distúrbios não estão relacionados a alterações físicas propriamente ditas. Mas precisamos frisar que a dor é muito real e causa sérios danos na vida do paciente.
Para muitos, essa resposta significa que a fibromialgia não é uma doença importante ou perigosa, como um câncer que gera tumores pelo corpo. Afinal de contas, se perguntarmos se fibromialgia pode matar, a resposta é: não diretamente. Mas existem outras complicações relacionadas à ela que geram riscos importantes ao paciente.
Mencionamos no tópico anterior que a doença aumenta o risco de problemas psicológicos? Esses sim geram risco de morte quando não tratados. Pesquisas indicam que pacientes fibromiálgicos têm 10 vezes mais chance de vir a óbito por suicídio que indivíduos não portadores. Outros problemas que levam à morte com maior incidência nesse público, de acordo com pesquisas, incluem:
- Problemas cardiovasculares;
- Doenças cerebrovasculares;
- Doenças do fígado.
A causa ainda não é conhecida, mas o abuso de medicamentos para a dor e a falta de acompanhamento profissional adequado é uma das grandes suspeitas.
O que causa a fibromialgia?
Ainda não foi possível definir a causa exata da fibromialgia, mas sabe-se que ela não pode matar. A grande suspeita é de que haja uma alteração na percepção de dor do paciente. Isso porque o cérebro, a medula e os nervos passam a trabalhar de uma forma que aumenta a intensidade do estímulo doloroso.
Em alguns casos, a doença surge após algumas situações, como infecção grave e trauma físico ou psicológico. Geralmente, o primeiro sintoma é uma dor crônica localizada, que depois passa a afetar todo o corpo. O paciente também passa a sofrer de alguns sintomas adicionais, como mau humor, dificuldades para dormir e fadiga durante o dia.
Quem é mais afetado pela doença? A fibromialgia pode matar pessoas desse grupo?
As mulheres são as principais vítimas da doença, com prevalência entre os 30 e 55 anos. No entanto, a fibromialgia não pode matar essas pacientes. Além disso, estima-se que o problema seja bastante comum, atingindo entre 2% e 3% da população brasileira.
Apesar de haver mais casos na meia-idade, o problema também já foi diagnosticado em crianças, adolescentes e idosos.
Por que algumas pessoas não acreditam que o paciente tenha fibromialgia?
Como mencionamos, pessoas com fibromialgia não apresentam sinais de inflamação. Então, muitas vezes, são realizados diversos exames sem que nenhum problema seja identificado.
Essa característica da doença faz com que muitas pessoas e até alguns profissionais de saúde se perguntem se a dor invisível é real ou não. Além disso, o paciente costuma se portar de maneira calma e comunica-se bem durante as crises, muito diferente do que acontece com outros problemas que provocam dor aguda, como crise renal.
Entretanto, algumas pesquisas científicas analisaram o cérebro de pacientes e foi possível notar alterações na atividade cerebral de pessoas com fibromialgia. Mas essa diferença só aparece em exames muito específicos, que não fazem parte do atendimento clínico convencional.
Por que os sintomas pioram quando os pacientes ficam deprimidos?
As emoções têm um papel importante no nível de dor percebido pelos pacientes com fibromialgia. Isso ocorre porque, quando o paciente sente-se triste ou deprimido, o desconforto tende a aumentar. Por outro lado, é comum haver uma redução da dor em momentos de felicidade.
Isso é parcialmente explicado pelos níveis de alguns neurotransmissores no cérebro, que vão variar de acordo com nossas emoções. Essas substâncias químicas conectam as células nervosas. Algumas das mais conhecidas são a serotonina e a noradrenalina, pois elas desempenham um papel crucial na forma como o cérebro interpreta a dor e a depressão.
Assim, fica claro que manter quadros depressivos sob controle é fundamental para que o paciente sinta menos dor. Além disso, é sempre importante conscientizar as pessoas ao redor de que as queixas de dor não são de ordem psicológica.
A fibromialgia causa deformidades ou pode matar?
A fibromialgia não pode matar e também não causa deformidades no paciente, como artrite reumatoide e artrose. Mesmo assim, é preciso ficar atento ao tratamento, pois a doença é crônica e pode durar até a vida inteira.
Não há danos aos músculos, órgãos e articulações e o problema não é progressivo. Além disso, há casos em que os sintomas retrocedem quase totalmente. Sendo assim, o paciente deve ter em mente que essa é uma condição que exige controle constante para que ele tenha uma boa qualidade de vida, pois, quando a doença está em sua fase mais ativa, várias atividades diárias são prejudicadas. Assim, o paciente sai menos de casa, evita encontros com amigos e apresenta dificuldades para cumprir suas obrigações no trabalho.
Até mesmo os relacionamentos podem ser prejudicados e algumas pessoas relatam que a fibromialgia interfere em sua vida sexual. Todos esses fatores nos mostram que a doença não deve ser negligenciada.
Fibromialgia pode matar, mas existe tratamento
Quando falamos que a fibromialgia pode matar, estamos nos referindo às condições associadas, não sobre a doença em si. Lembre-se de que a dor e o desconforto que o paciente apresenta não possuem causa aparente. Isto é, não ocorrem por conta de danos físicos ao corpo, mas sim por uma dor difusa e generalizada.
A combinação dos sintomas e o estigma social ligado à doença elevam as chances de problemas psicológicos, como a depressão e a ansiedade. Ambos os fatores também aumentam a mortalidade nos pacientes e a probabilidade de desenvolver patologias cardiovasculares e cerebrovasculares, além de problemas no fígado.
Com o tratamento adequado, o paciente consegue conviver com a doença e levar uma vida “normal”, mesmo sabendo que a fibromialgia pode ser fatal. Contudo, a condição é complexa e requer atendimento de uma equipe multidisciplinar qualificada.
Fibromialgia pode matar indiretamente, mas um tratamento adequado ajuda
Vamos mudar a resposta que demos antes: fibromialgia pode matar quando não recebe o tratamento correto. Sem o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, que inclui reumatologista, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e outros, a doença é muito difícil de controlar. O paciente pode desenvolver sérios problemas psicológicos e físicos.
Sem saber o motivo das dores, pacientes frequentemente abusam de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, prejudicando o fígado a longo prazo. Quanto à questão de saúde mental, o indivíduo precisa de acompanhamento constante.
Visitas de rotina ao psicólogo ou psiquiatra que atende o caso ajudam a diminuir pensamentos suicidas e trazem maior qualidade de vida. Caso o indivíduo fibromiálgico também sofra com doenças, como depressão, é importante que o tratamento ocorra simultaneamente.
Como saber se é um caso de fibromialgia?
Considerando que a fibromialgia não gera alterações físicas, como podemos saber que é de fato um caso da doença? O paciente deve visitar um reumatologista da unimed ou de outro plano de saúde para determinar o quadro. Primeiramente, o especialista deve investigar o histórico de saúde da pessoa para entender se existe o risco de outras doenças reumatológicas.
Depois é comum solicitar uma série de exames, tanto laboratoriais quanto de imagem. Mas saiba que os exames não identificam a fibromialgia! Eles ajudam apenas a descartar a possibilidade de outras doenças, como artrite reumatóide e osteoartrite.
Em alguns casos, pode ser necessário passar por consultas com outros especialistas, como o endocrinologista, pelo mesmo motivo. Doenças, como hipotireoidismo e hiperparatireoidismo, também se manifestam por dor difusa e generalizada.
Após descartar essas outras síndromes e doenças, o reumatologista ainda avalia em detalhes o quadro clínico. De acordo com a duração da dor e a presença de sintomas secundários é possível estabelecer se existe realmente a fibromialgia e iniciar o tratamento desta doença, que pode não matar diretamente, mas que traz consequências nefastas ao indivíduo.
Como ocorre o tratamento da fibromialgia?
O tratamento combina métodos medicamentosos e não-medicamentosos para controlar a dor e sintomas secundários. Além disso, o paciente deve receber atendimento de uma equipe multidisciplinar que inclui:
- Reumatologista;
- Psicólogo;
- Nutricionista;
- Educador físico.
Caso existam outros problemas de saúde, todos devem receber tratamento adequado para conseguir melhores resultados com a fibromialgia.
O paciente também precisa praticar atividades físicas rotineiramente. Isso ajuda a garantir o sucesso no tratamento e a diminuir drasticamente os episódios de dores generalizadas. É importante que a pessoa seja incentivada a escolher uma atividade da qual realmente gosta para que consiga continuar a prática.
Quanto ao uso de medicamentos, ainda não existe um tratamento padrão definido para a doença. Analgésicos e anti-inflamatórios convencionais raramente têm qualquer efeito sobre o desconforto. No entanto, é comum que médicos sem conhecimento sobre a condição receitem esses medicamentos para dias de dor. É essencial orientar o paciente para encerrar o uso e optar por métodos que tragam resultados.
Antidepressivos, relaxantes musculares e neuromoduladores têm uma taxa de sucesso bem mais alta. A escolha de medicamento varia de acordo com cada caso.
Medicamentos mais comuns para o tratamento
A dor que a doença causa, em geral, não cessa com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios convencionais, e a sensação de desamparo gerada por isso reforça a insegurança e a preocupação dos pacientes quanto ao fato de que a fibromialgia pode matar. Nessa situação, o paciente deve evitar a automedicação, algo que só prejudicará o tratamento e trará poucos resultados de alívio.
Existe uma variedade de drogas que conseguimos aplicar no tratamento fibromiálgico. Assim, dentre os fármacos prescritos pelo médico, estão: antidepressivos; relaxantes musculares; antiparkinsonianos; analgésicos; neuromoduladores; ansiolíticos; e indutores de sono. É claro que os remédios variam de acordo com o caso e a resposta do organismo.
Os antidepressivos estão entre a classe mais utilizada de remédios para esses quadros. Pois eles modulam serotonina e norepinefrina, substâncias que agem no controle do desconforto difuso do paciente.
Alguns medicamentos anticonvulsivantes também podem ser indicados para quem possui a doença crônica. Então, em geral, o médico recomenda combinar dois remédios em baixas doses, para obter melhores resultados.
O ideal é que o fibromiálgico tenha acompanhamento constante, para que haja capacidade de alternar as drogas de acordo com os seus efeitos colaterais. Assim, o tratamento poderá refletir em melhorias para a qualidade de vida, com o mínimo de danos.
Alimentação para pacientes fibromiálgicos
Os pacientes diagnosticados com a doença crônica devem redobrar a atenção com os cuidados alimentares, tendo em vista que a prevenção e o controle dos sintomas colaboram para descartar a hipótese de que a fibromialgia pode matar. Dessa forma, os alimentos sempre estão relacionados com os sintomas, ou a sua ausência, mesmo de forma indireta. A deficiência nutricional, como a falta de vitamina B12, magnésio e selênio, dá ênfase a sinais, como:
- Fadiga;
- Irritabilidade;
- Cansaço;
- Dor difusa.
Além disso, os pacientes com má alimentação têm maiores chances de ficar obesos. O quadro de excesso de peso também prejudica o sono e aumenta a possibilidade de ter condições relacionadas à fibromialgia, inclusive outras doenças reumatológicas.
Os pacientes fibromiálgicos devem investir em alimentos: com propriedades anti-inflamatórias, como uva, abacate, alho, brócolis e lentilha; que sejam fontes de energia, como aveia e quinoa; em oleaginosas, que são fontes de vitamina E; em peixes, que possuem magnésio e cálcio, e servem como relaxantes musculares; e em frutas vermelhas, ricas em flavonoides e carotenoides, que podem ajudar no combate à dor.
Devem ser evitados: glúten; laticínios; gorduras saturadas; álcool; café; chá; açúcares; e sal em excesso. Os alimentos com aditivos que contenham excitotoxinas, por exemplo, o adoçante aspartame, também contribuem para o agravamento dos casos de fibromialgia, bem como aqueles que são ricos em oxalatos (espinafre e beterraba) e purinas (carnes vermelhas).
Mas precisamos avisar: não existem alimentos milagrosos. O que o indivíduo precisa é do acompanhamento de um nutricionista, para conseguir manter uma dieta equilibrada e sem deficiências. Desse modo, incluir alimentos que melhoram a resposta imunológica e inflamatória ajuda a controlar a condição.
Como atividades físicas ajudam a conviver com a fibromialgia que pode matar?
Reumatologistas concordam: todos os pacientes fibromiálgicos devem incluir atividades físicas na sua rotina, visando evitar a evolução da fibromialgia que pode matar. Mas a escolha fica por parte do portador da condição e o ideal é optar por algo que o paciente goste, com o objetivo de garantir a adesão ao programa de treinamento.
No entanto, quem começa a treinar precisa entender que o seu corpo tem limites, especialmente, no início. Em princípio, pode ser necessário adaptar a atividade, para conseguir realizá-la sem maiores problemas.
Entre os exercícios físicos mais recomendados encontram-se os aeróbicos, como:
- Caminhadas;
- Natação;
- Dança;
- Ciclismo;
- Hidroginástica;
- Corridas;
- Outros.
Esse tipo de movimento estimula a liberação de serotonina e de outras substâncias que geram bem-estar e diminuem a dor. A endorfina, por exemplo, é um anestésico que o nosso próprio corpo produz após a atividade física.
Outra dica boa é adotar práticas que promovam o equilíbrio, a boa postura e a consciência corporal, como o pilates.
Fisioterapia para alívio e controle da doença
A fisioterapia ajuda muitos pacientes com fibromialgia a melhorar os seus sintomas. Ela possui importante papel no controle da dor, inclusive, substituindo analgésicos com pouco efeito. Assim, o fisioterapeuta é responsável por trazer maior independência e qualidade de vida ao:
- Manter e melhorar a força muscular;
- Reduzir a inflamação;
- Trazer maior amplitude de movimento;
- Prevenir deformidades.
Na realidade, a fisioterapia pode até ser o passo inicial para conseguir desenvolver as atividades físicas. Porque as sessões de fisioterapia auxiliam no controle da dor e até evitam novos episódios de crise por meio de técnicas, como: ultrassom; laser; e TENS (terapia por estimulação elétrica nervosa transcutânea).
Se a fibromialgia pode matar, o que a terapia cognitivo-comportamental diz a respeito?
A fibromialgia pode matar, especialmente, pelos danos causados à saúde mental. A dor e outros sintomas afastam o paciente da sua vida cotidiana, incluindo o trabalho, as atividades sociais e escolares e o convívio familiar. Mas o pior de tudo é o fato da sua dor ser extremamente incompreendida.
Mesmo antes de chegar ao diagnóstico de fibromialgia, muitos já convivem com distúrbios psicológicos. Cerca de 20% dos portadores apresentam ansiedade ou depressão, condições que só se agravam, quando não recebem o tratamento adequado.
Isso significa que o psicólogo possui um papel importantíssimo no tratamento da condição e na preservação da qualidade de vida. O sofrimento psicológico, assim como o físico, acarreta sérios danos que precisamos resolver ao longo de todo o tratamento.
Como a terapia cognitivo-comportamental age nos casos?
As emoções e os momentos de estresse psicológico podem desencadear momentos de crise e dor física. Assim, vários pacientes relatam pensamentos de desesperança e aflição que, aparentemente, não possuem solução. É papel da terapia buscar que a pessoa se reconcilie consigo mesma e aprenda a lidar com a condição crônica.
A terapia ensina uma forma de enfrentamento à pessoa que lida com a fibromialgia. Pois ela coopera para a alteração de padrões de comportamento negativos, algo importantíssimo ao reconhecermos que a doença é crônica.
O que é nevoeiro mental nos pacientes fibromiálgicos?
Além de ajudar o paciente a enfrentar sentimentos e ações referentes à doença, a terapia busca amenizar um sintoma denominado nevoeiro mental. Esse estado envolve dificuldades de concentração, perda de memória e problemas de orientação espacial.
Essa sensação causa grandes prejuízos na vida do paciente, acima de tudo, durante a sua atuação profissional. Sem técnicas para lidar com o problema, é provável que outros sintomas fiquem ainda mais exacerbados.
Papel da família e círculo social no tratamento da fibromialgia que pode matar
A fibromialgia pode matar, no entanto, uma forte rede de apoio contribui para amenizar o sofrimento do paciente e consequências piores, como a depressão. Como o paciente e os seus entes mais próximos precisam conviver com ela por toda a vida, é fundamental que conheçam mais sobre essa doença crônica e tenham paciência com a dor invisível, ou seja, de causa desconhecida. Dessa forma, ter o suporte dos que estão sempre por perto ajuda a diminuir os impactos psicológicos e emocionais e manter o foco no tratamento recomendado.
A família tem o importante papel de suporte durante todo o processo. A falta de assistência, por outro lado, possui o poder de destruir qualquer avanço que a equipe multidisciplinar de médicos realizar.
Os familiares precisarão, junto ao paciente, lidar com o sistema de saúde e as diversas consultas, como uma rede de apoio. Mesmo em tratamento, os sintomas podem surgir subitamente. Portanto, é essencial manter a rotina e a regularidade, para que o fibromiálgico não se sinta “isolado” ou “deslocado”.
Acupuntura como tratamento da fibromialgia
A acupuntura é uma técnica milenar que vem sendo usada para tratamento e controle de dores. Entretanto, a prática ainda carece de evidências científicas fortes que comprovem sua eficácia.
Ainda assim, ela está se tornando cada vez mais comum e muitas pessoas relatam efeitos benéficos no tratamento de diversas doenças.
Dessa forma, a técnica pode ser utilizada como um complemento ao tratamento convencional, porém é fundamental que o paciente se mantenha em contato com o seu médico e jamais abandone as opções consagradas em função de tratamentos alternativos que podem ou não ser eficazes.
Além disso, as técnicas alternativas também devem ser realizadas por profissionais sérios e devidamente treinados. O paciente precisa estar preparado para alguns efeitos adversos, que são comuns nesse tipo de tratamento, como dor ligeira, pequenas gotas de sangue no local em que as agulhas foram inseridas e até surgimento de manchas vermelhas ou roxas. Todos esses sintomas costumam desaparecer em pouco tempo.
Anti-inflamatórios perdem a eficácia. Nesse caso a fibromialgia pode matar?
Na fibromialgia, não há lesões ou degenerações no tecido. Por isso, os medicamentos convencionais tendem a não ter tanto efeito, já que a raiz do problema está em uma interpretação exagerada dos estímulos nervosos pelo cérebro. Mesmo assim, a fibromialgia não pode matar o paciente.
Porém, os analgésicos e anti-inflamatórios não têm a capacidade de regular o funcionamento do cérebro, por isso muitos pacientes não terão benefícios significativos em sua utilização.
Anti-inflamatórios e analgésicos são mais eficazes para aliviar dores resultantes de dados teciduais, por exemplo, uma lesão muscular, pois os componentes do remédio podem atuar na área e sanar a inflamação.
Medicamentos para convulsão e depressão no tratamento
Antidepressivos e neuromoduladores costumam ser opções no tratamento da fibromialgia. Isso ocorre porque essas substâncias ajudam a regular os níveis de neurotransmissores, responsáveis pela comunicação entre as células do cérebro.
Assim, o medicamento correto pode aumentar, por exemplo, o nível de neurotransmissores que reduzem a dor. Mas vale salientar que esses medicamentos jamais devem ser consumidos sem orientação médica, pois somente o especialista é capaz de determinar a dosagem correta e realizar as devidas adequações caso o paciente sinta muitos efeitos colaterais ou não alcance a melhora desejada.
Em suma, a fibromialgia não pode matar e, com o tratamento correto, o paciente consegue viver uma vida plena.