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Lúpus

Tratamento para lúpus com o Dr. Marcelo Corrêa. Veja sintomas, possíveis causas e formas de tratamento para a doença.

Garota com lúpus Dr. Marcelo Corrêa Tratamentos Reumatológicos

O lúpus é uma doença autoimune crônica e inflamatória que atinge preferencialmente mulheres jovens (20-40 anos). Ela afeta cerca de 65 mil brasileiros, podendo causar sintomas que vão desde manchas na pele até complicações renais graves.

O que é o lúpus?

O lúpus é uma doença autoimune. E o que seria isso? Em geral, o sistema imunológico possui células que atacam invasores de diversos tipos no organismo. Ele é responsável por defender o organismo de infecções, vírus, bactérias, entre outros. No entanto, em alguns casos, ele começa a atacar estruturas do próprio corpo, como articulações e a pele. Isso é o que chamamos de doença autoimune.

O grupo dasdoenças autoimunes inclui outras condições reumatológicas, como artrites reumatóides. Seu grande diferencial é a quantidade e variedade de anticorpos que atacam o corpo na doença. Dentre outras do mesmo grupo, a lúpus é a com potencial de causar sintomas mais variados.

É importante saber que, apesar de sua gravidade, a doença não é contagiosa. Após ser identificada ela precisa de tratamento adequado para evitar complicações que podem levar a óbito.

Quais são os principais sintomas de lúpus?

Cada paciente diagnosticado com lúpus apresenta um quadro sintomático diferente. Os sinais, em alguns casos, aparecem repentinamente já em suas formas mais graves. Em outros, eles se desenvolvem aos poucos, fazendo com que o diagnóstico demore mais para acontecer.

Também é possível apresentar sintomas temporários, permanentes, graves e leves. Tudo depende do estado geral de saúde do indivíduo e da gravidade do desenvolvimento da doença.

Em geral, pacientes passam por fases com alguns episódios sintomáticos. Durante o período desses episódios eles apresentam sintomas mais graves que eventualmente desaparecem ou tornam-se imperceptíveis. Os episódios podem ser repetidos em intervalos aleatórios.

Os sinais mais comuns encontrados em pacientes com lúpus são:
● Fadiga;
● Dor nas juntas;
● Febre;
● Dificuldades respiratórias;
● Manchas na pele;
● Olhos ressecados;
● Dores de cabeça, confusão e perda de memória;
● Lesões na pele, que pioram com exposição ao sol.

Por possuir sintomas variados, muitos têm dúvidas sobre quando devem procurar um médico. A recomendação é ir ao reumatologista assim que perceber qualquer tipo de situação anormal, como manchas na pele, febre por períodos prolongados, fadiga e dores nas juntas, que são persistentes.

Sintomas de lúpus eritematoso sistêmico

O lúpus geralmente é dividido em dois tipos: o sistêmico e o cutâneo. O primeiro é aquele que ocorre quando o sistema imunológico ataca diversas partes do corpo, incluindo órgãos, articulações e pele.

Seus sintomas são extremamente variados, tanto em localização quanto em gravidade. Algumas pessoas, por exemplo, desenvolvem formas leves da doença, apresentando sinais, como:
● Úlceras na boca (popularmente conhecidas como aftas);
● Queda de cabelo;
● Dores de cabeça;
● Dor muscular;
● Dor na região lombar.

No entanto, outros são afetados por problemas mais graves ou uma mistura deles, como:
● Hipertensão arterial;
● Anemia;
● Trombose;
● Insuficiência renal;
● Embolia pulmonar;
● Hemorragia pulmonar;
● Outros.

Sintomas de lúpus cutâneo

É o segundo tipo de lúpus, que é caracterizado por suas manifestações principalmente cutâneas. Pessoas com o problema apresentam manchas na pele similares a uma inflamação ou micose de origem desconhecida.

As manchas podem ser de vários tamanhos e formatos e aparecer em todas as partes do corpo. É comum ver casos com manifestações ocorrendo no rosto, braços e mãos, por exemplo.

Assim como ocorre com o lúpus erimatososo sistêmico, os sinais podem não ser constantes. Alguns pacientes apresentam manchas somente em episódios sintomáticos, desaparecendo logo após e permanecendo assintomáticos por longos períodos.

O que leva alguém a ter lúpus?

Ainda não se sabe ao certo o que realmente causa a doença. Especialistas estimam que a doença é o resultado de uma interação entre fatores genéticos e ambientais que estimulam o mal funcionamento do sistema imunológico.

Pessoas com histórico familiar da doença, por exemplo, podem desenvolvê-la ao entrarem em contato com um gatilho. O uso de certos medicamentos é um motivo comum para o surgimento do problema. Isso pode acontecer com diversos tipos de remédios, de antibióticos a controladores de pressão arterial.

Geralmente, quando existe uma causa clara, basta controlá-la para que os episódios cessem. Quem desenvolve a condição por causa de medicamentos, em geral, se vê curado quando para de tomá-los.

Diagnóstico

O diagnóstico do problema ocorre de acordo com os sintomas e a quantidade de anticorpos encontrada em exames laboratoriais. Especialistas procuram identificar os anticorpos mais relacionados aos quadros, como o FAN, um anticorpo que reage ao núcleo das células. No entanto, somente o exame laboratorial não é capaz de diagnosticar o problema. Os anticorpos presentes na doença também ocorrem em outros problemas autoimunes, como na artrite reumatoide.

Exames de sangue auxiliam a identificar sintomas da doença, como anemia, baixa contagem de leucócitos e plaquetas. A presença de proteína ou hemácias na urina e aumento de creatinina no sangue também são sinais dessa doença.

Só uma análise cuidadosa de todos os sintomas e histórico médico do indivíduo permitem um diagnóstico claro e eficiente. Médicos também podem pedir exames de imagem para identificar complicações decorrentes da doença em casos mais graves.

Existe cura?

O problema é crônico e recorrente e só possui cura quando é causado pelo uso de certos medicamentos. Em geral, pacientes passam por períodos sintomáticos seguidos de períodos de remissão que podem durar anos.

No entanto, a doença não é curada mesmo nesses momentos sem sintomas. Alguns gatilhos podem estimular o retorno da fase sintomática, como exposição ao sol, infecções ou até mesmo uma gestação.

Quando a doença é identificada rapidamente o paciente possui bom prognóstico. A tendência é de conseguir controlar os sintomas de forma eficiente graças a medicamentos e tratamentos modernos. A expectativa e qualidade de vida de pacientes com a doença tem aumentado muito nos últimos anos.

Tratamento com o reumatologista

Como mencionamos, no lúpus os sintomas são bastante variados. O mesmo é válido para seu tratamento, que depende do grau de inflamação do corpo e órgãos afetados. Algumas pessoas desenvolvem cicatrizes ou lesões permanentes que devem ser tratadas mesmo depois que a doença entra em remissão.

E mesmo pacientes com lúpus que não está ativo precisam de tratamento e acompanhamento para evitar sua regressão.

Tratamento para lúpus leve

Reumatologistas consideram o lúpus como leve quando causa somente dor nas articulações e sintomas cutâneos leves. Para seu tratamento o mais comum é usar medicamentos anti-inflamatórios não esteroides para alívio da dor.

Também é possível incluir no tratamento medicamentos antimaláricos, como hidroxicloroquina. Eles ajudam a diminuir as erupções cutâneas e manchas. Além disso, o paciente deve evitar a exposição direta ao sol, usando sempre protetor solar.

Tratamento para lúpus grave

As doenças reumáticas com quadro grave precisam de tratamento específico. Pacientes considerados com lúpus grave apresentam alguns dos seguintes sintomas:
● Sangramento pulmonar;
● Alteração nas funções renais;
● Alterações no cérebro.

Os sintomas devem ser tratados imediatamente com corticosteroides e alguns pacientes devem ser internados para receber a medicação de maneira intravenosa. A dose do tratamento varia de acordo com o quadro. Em caso de doença renal grave, o indivíduo talvez precise de diálise ou transplante de rim. Também é possível receber indicação para uso de imunossupressores, ou seja, medicamentos que diminuem a atividade do sistema imunológico.

Tratamentos reumatológicos

O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.

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