Tratamento para artrite gotosa com o Dr. Marcelo Corrêa. Veja sintomas, possíveis causas e formas de tratamento para a doença.
Há muitas gerações a artrite gotosa, também conhecida como gota, era conhecida como uma doença das classes mais abastadas. Nesses tempos, o acesso à comida, especialmente carnes ricas em uma substância chamada purina, era escasso. Por isso, pessoas com dietas limitadas raramente chegavam
a desenvolver o problema.
Hoje, ela é considerada como uma doença reumatológica comum que pode ocorrer em todas as faixas etárias. Entenda como surge a doença, seus principais sintomas e tratamentos abaixo.
Existem diversas formas de artrite que atingem pessoas de variadas faixas etárias e características demográficas. Entre elas, encontramos uma que é bastante comum e complexa: a artrite gotosa. Assim como ocorre em outras doenças reumatológicas, essa doença causa dor nas juntas e diversos outros sintomas ligados à inflamação.
Sua principal diferença de outras doenças, como reumatismo e lúpus, é seu mecanismo. A doença surge quando existe o acúmulo de cristais de ácido úrico na região afetada. Isso pode ocorrer em diversas partes do corpo, inclusive nas variadas regiões da coluna, o que frequentemente causa súbitas dores nas costas.
A doença é bastante comum, especialmente em homens de meia idade. Nas mulheres, ela costuma se manifestar somente após a menopausa, sendo muito raro encontrar casos em pacientes mais novas. Pessoas que desenvolvem o problema antes dos 30 tendem a apresentar quadros mais graves, que precisam de acompanhamento constante do reumatologista.
Todos possuem uma pequena quantidade de ácido úrico no sangue, mas isso não causa o desenvolvimento de artrite gotosa em todos os indivíduos. A substância é um subproduto natural do metabolismo das células, sendo produzido durante a:
● Degradação do RNA e DNA;
● Transformação de purinas (substâncias presentes nos alimentos).
Depois de gerado, o ácido úrico não deve permanecer em circulação na corrente sanguínea. Por isso, deve ser filtrado pelos rins e eliminado através da urina. Ou pelo menos é isso que ocorre em casos normais. Mas alguns pacientes começam a sofrer com níveis aumentados desse ácido no sangue por algum motivo.
A causa mais comum é a dificuldade de eliminar o ácido através da filtragem dos rins ou pelo sistema gastrointestinal. O principal causador da doença são fatores genéticos. Pessoas que já possuem parentes com a doença têm maiores chances de desenvolvê-la também.
Alguns tipos de doenças renais também estão entre os causadores, já que prejudicam o funcionamento dos órgãos. O uso de alguns medicamentos por períodos prolongados também podem chegar a causar o problema.
A artrite gotosa pode ser de diagnóstico complexo, já que possui sintomas mais gerais. Além disso, pacientes com a condição podem apresentar momentos sintomáticos que aparecem e desaparecem subitamente.
Os sintomas da doença são o que causa a suspeita inicial da presença da patologia. Depois, os médicos devem solicitar exames de imagem, incluindo raio-X e ultrassonografia, das articulações afetadas. O objetivo é identificar mais sinais da gota e descartar a possibilidade de outras doenças, como artrite reumatoide, que podem causar os sintomas.
Além disso, é necessário realizar uma análise do líquido articular para a presença de cristais de ácido úrico. Exames de sangue complementam o diagnóstico, já que muitos pacientes com a doença apresentam elevados níveis desse ácido, especialmente quando não apresentam crise.
Em alguns casos o diagnóstico é bastante demorado, já que a doença pode ser confundida com outros tipos de artrite. Por isso, a consulta com um reumatologista experiente é essencial.
Pacientes com artrite gotosa podem passar por longos períodos assintomáticos intercalados por momentos de crise. Quando apresentam sintomas a articulação inflama, surgindo sinais, como:
● Vermelhidão no local afetado;
● Dor repentina, geralmente à noite;
● Dor intensa durante o movimento ou quando a articulação é apalpada;
● Febre;
● Taquicardia;
● Calafrios.
Os sintomas costumam ser noturnos, porque o sangue se acumula nas articulações mais afetadas durante o dia. Ao deitar, ele escoa da articulação muito mais rapidamente que os cristais de ácido úrico, o que aumenta os níveis de inflamação e causa dor nas articulações.
Em geral, as primeiras crises ficam contidas a uma articulação e tendem a desaparecer de forma espontânea em poucos dias. O local inflamado recupera-se completamente, sem deixar sinais da doença.
Conforme o problema progride as crises se tornam mais intensas e frequentes, além de apresentarem maior duração. Além disso, existe a possibilidade de começarem a afetar outras regiões do corpo.
Os tofos são pequenos nódulos formados por cristais de ácido úrico rígidos. Eles se acumulam em locais, como revestimento, cartilagem ou próximo aos ossos de articulações afetadas por gota. Eles não são palpáveis e podem ser identificados em exames laboratoriais.
Também é comum que surjam em outros órgãos, como: rins, pele abaixo das orelhas e tendões. As articulações mais afetadas por eles são:
● Mãos;
● Pés;
● Tornozelos;
● Cotovelos.
Quando não são tratados, os tofos podem romper-se e liberar massa calcária nas articulações. Com o tempo, isso leva ao surgimento de outras patologias, como deformações ósseas e osteoartrite.
Não existe uma cura definitiva, porém pacientes com diagnóstico precoce conseguem levar uma vida relativamente normal. Essas pessoas conseguem controlar o surgimento de tufos e de episódios sintomáticos ao diminuir os níveis de ácido úrico.
Quando tratada corretamente, é possível prevenir o surgimento de lesões articulares mais graves. Pacientes podem levar uma vida normal, porém com acompanhamento do reumatologista para garantir seu bem-estar.
Após o diagnóstico inicia-se o tratamento com dois objetivos:
● Aliviar os sintomas da inflamação (especialmente em momentos de crise);
● Diminuir os níveis de ácido úrico no sangue para evitar ou diminuir a formação de tofos.
Caso ocorra adequadamente, ele consegue prevenir complicações provenientes da patologia. Para aliviar a dor é necessário usar anti inflamatórios e analgésicos conforme o recomendado pelo reumatologista. Recomenda-se evitar a automedicação ao máximo, já que isso pode até agravar o quadro. Os anti-inflamatórios corticosteróides só são usados em pacientes que não toleram outros tipos de remédios.
Outros medicamentos usados durante o tratamento ajudam a diminuir os níveis de ácido úrico no sangue, diminuindo a formação de depósitos de cristais. O tratamento medicamentoso pode ser diário ou em frequências variadas de acordo com a gravidade do caso.
Uma série de alterações na rotina e no estilo de vida do paciente ajudam a conseguir diminuir drasticamente a quantidade de crises. Boa parte dos indivíduos diagnosticados com artrite gotosa possuem sobrepeso e devem começar fazendo esse controle.
Conforme o indivíduo perde peso os níveis de ácido no sangue diminuem naturalmente. Também é necessário realizar algumas mudanças na alimentação, como:
● Evitar bebidas alcoólicas;
● Diminuir a ingestão de alimentos ricos em purina (especialmente carnes, como fígado, rim, anchovas, mexilhões, sardinhas e molhos de carne);
● Substituir produtos lácteos por alimentos similares e com baixo teor de gordura.
O reumatologista deve avaliar todos os medicamentos de uso contínuo. Alguns deles aumentam os níveis de ácido úrico, exacerbando os momentos de crise.
O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.
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